Arara-canindé costuma fazer seus ninhos em buracos no tronco, onde põem seus ovos; o filhotes permanecem lá até a décima terceira semana, período no qual são alimentados pelos pais que regurgitam o alimento em seus bicos (Kamá Ribeiro)
O Bosque dos Jequitibás, em Campinas, está com novos moradores. A arara-canindé, conhecida por trazer as cores da bandeira do Brasil e que está na lista de animais ameaçados de extinção no Brasil, está com um filhote desde o dia primeiro deste ano. Também nasceram quatro filhotes de pavão, na mesa data. Os filhotes podem ser vistos nos recintos de cada ave.
A gestação da ambas as aves duram em torno de 30 dias. Segundo informações da Prefeitura, os filhotes passam bem e estão juntos das mães. A alimentação está sendo à base de frutas, sementes e ração. Ainda não há identificação se as aves bebês são machos ou fêmeas.
A arara-canindé, cujo nome científico é Ara ararauna, é encontrada do Brasil desde a Amazônia até o Paraná, além de países como Panamá, Colômbia, Guianas, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai e Argentina. Ela também é conhecida como arara-de-barriga-amarela ou simplesmente araraamarela. Ela está ameaçada, principalmente, por conta da perda de seu habitat, capturas ilegais e outras interferências humanas. A arara-canindé pode chegar a 90 centímetros de comprimento e 1,2 metros de envergadura. Tem uma plumagem com as cores da bandeira do Brasil, um bico escuro grande e forte, e patas zigodáctilas, com dois pares de dedos opostos.
Ela costuma fazer seus ninhos em buracos no tronco, onde põem seus ovos. Os filhotes permanecem no ninho até a décima terceira semana, período no qual são alimentados pelos pais que regurgitam o alimento em seus bicos.
Já o pavão é o nome comum dado a três espécies de aves dos gêneros Pavo e Afropavo que estão dentro da tribo Pavonini da família Phasianidae (que inclui também os galos, faisões, codornizes etc.). Existem duas espécies de origem asiática, o pavão-azul, originário do subcontinente indiano, e o pavão-verde, do sudoeste asiático. Há ainda uma espécie africana, o pavão-congolês, nativa da bacia do Congo.
Os machos são conhecidos por seus chamados penetrantes e sua plumagem colorida. Essa última característica é mais proeminente nas espécies asiáticas que apresentam uma longa cauda colorida, repleta de olhos que abrem em leque num ritual de acasalamento. As fêmeas são menores em peso e envergadura e os machos são significantemente maiores por conta da sua longa cauda, que é chamada de trem.
BOSQUE
O Bosque dos Jequitibás, localizado na Rua Coronel Quirino, 2, é aberto à visitação de terça-feira a domingo, das 6h às 18h. Ele foi criado na década de 1880, sendo uma das maiores e mais antigas áreas de lazer da cidade, com aproximadamente um milhão de visitantes por ano.
É também uma reserva da Mata Atlântica de 2,33 hectares, misturada a outros tipos de vegetação e edificações. Tem museu natural, um aquário municipal e quiosques que vendem comida para visitantes. Outra atração é o Teatro Carlos Maia, voltado para crianças.
O local foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) em 1970, tendo sido o primeiro bem tombado no município (quase uma década depois - 1979 - é que aconteceu o segundo tombamento pelo órgão em Campinas: Capela Nossa Senhora da Boa Morte). É um dos Parques Públicos mais antigos da cidade.
Em busca de garantir a preservação ambiental do local, em 1993 o Condepacc (Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas) tombou sua área envoltória, proibindo a construção de edificações com mais de dois pavimentos em um raio de 100 m.
FÉRIAS
O Bosque também terá várias atividades de ecoférias para as crianças. Atividade será gratuita e as inscrições deverão ser feitas diretamente na bilheteria do museu. As vagas são limitadas. As atividades serão direcionadas para crianças com idade entre 7 e 12 anos e serão realizadas entre os dias 21 e 23 de janeiro.
A programação ocorrerá no Museu de História Natural e na Casa dos Animais Interessantes, com conteúdo educativo sobre meio ambiente direcionado ao público infantil. Os participantes também vão visitar o Hospital Veterinário e outros recintos do Bosque dos Jequitibás, onde poderão ver algumas espécies mais de perto e conhecer como são preparados os alimentos dos animais.
De acordo com o diretor do Departamento de Cultura, Gabriel Rapassi, o curso de Ecoférias do Museu é uma tradição. “Para as crianças que gostam de animais, esse passeio é imperdível. É realmente fantástico ver de perto os animais vivos, como são tratados, e também as atividades do Museu.”
HORÁRIO ESPECIAL
Durante as férias escolares o Museu de História Natural e a Casa dos Animais Interessantes terão horário especial de funcionamento. Nos dias de semana, de 7 a 10 e de 14 a 17 de janeiro, as visitas poderão ser feitas das 9h às 12h e das 13h às 17h. Nos dias 12, 19, 26 (domingos) e no sábado, 25, das 9h às 12h e das 13h às 17h. Nos dias 11 e 18 o Museu de História Natural não estará aberto ao público. A partir do dia 21 de janeiro, de terça a sexta-feira, os espaços voltam a funcionar das 9h às 13h. O valor do ingresso para visitação é de R$ 5,00 (inteira) e R$ 2,50 (meia entrada).
O Museu de História Natural e a Casa dos Animais Interessantes possuem exposições de longa duração: "Fósseis", "Biomas Brasileiros", "Interações Ecológicas", "Botânica", "Biodiversidade do Estado de São Paulo", "Insetos", "O que é Espécie", "Árvore da Vida", "Extinção", "Aves, Mamíferos, Peixes e Répteis", além de visitação aos terrários com diversas espécies de répteis e invertebrados vivos.
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