sétima arte

Festival Varilux: A vez do cinema francês

Edição 2020 ocorrerá entre 19 de novembro e 3 de dezembro

Da Agência Anhanguera
30/09/2020 às 12:20.
Atualizado em 28/03/2022 às 00:08
Adèle Haenel e Gaspard Ulliel, protagonistas de A Revolução em Paris, longa que integrou a edição 2019 do Festival Varilux de Cinema Francês (Divulgação)

Adèle Haenel e Gaspard Ulliel, protagonistas de A Revolução em Paris, longa que integrou a edição 2019 do Festival Varilux de Cinema Francês (Divulgação)

Adiada em junho, mês em que tradicionalmente ocorre, a edição 2020 do Festival Varilux do Cinema Francês já tem nova data marcada: entre 19 de novembro a 3 de dezembro. Ao anunciar a data, Emmanuelle e Christian Boudier, curadores e diretores do evento, adiantam que serão respeitados todos os protocolos recomendados pelas autoridades de saúde para oferecer segurança ao público e aos envolvidos no evento, que terá formato adaptado em função da normatização dos cinemas no Brasil. "Queremos apostar na melhoria da situação, e estar presentes para o público que ficou com tanta saudade de ver filmes no telão", apontam Emmanuelle e Christian. "Esperamos que daqui a dois meses, mediante protocolos rigorosos de segurança, o público conseguirá entrar num cinema com confiança. Achamos importante, nesse momento tão delicado, ajudar os cinemas, que sempre foram parceiros maravilhosos do Festival Varilux e que vão precisar de conteúdo de qualidade para conquistar novamente o público no momento da reabertura. Faz 10 anos que o festival vem crescendo a cada edição, chegando a quase 200 mil espectadores em 2019, portanto, é importante que estejamos presentes para esse público que ama o cinema francês." A seleção será proposta aos 120 cinemas, presentes em 86 cidades, que também participaram do festival em 2019. As datas serão mais flexíveis dessa vez: a partir de 19 de novembro, os cinemas terão a opção de programar o festival em datas diferentes - até o final de fevereiro de 2021 - para se adaptar a eventuais situações sanitárias locais. “O importante é que os filmes cheguem ao público em todo Brasil”, diz Emmanuelle. Flexibilidade será de fato a palavra chave para a edição 2020. A definição do formato e das modalidades de exibição dos filmes ocorrerá em datas próximas à realização do evento: cinemas, projeções ao ar livre, drive-in, todas as possibilidades estão sendo analisadas, segundo os curadores. Em um cenário alternativo, parte da programação seria transferida para uma plataforma digital. As ferramentas digitais são eficientes para manter o contato com o público: a pandemia levou a Bonfilm a lançar em abril o Festival Varilux Em Casa, plataforma solidária que contou com o patrocínio da Embaixada da França no Brasil e da Essilor/Varilux. Foram apresentados gratuitamente, durante quatro meses, 50 títulos franceses, a maioria integrante de edições recentes do Festival, através da plataforma Looke. O público mais uma vez apoiou e aderiu ao projeto. Em quatro meses foram contabilizadas quase 667 mil visualizações dos longas disponíveis na plataforma http://www.festivalvariluxemcasa.com.br. Apesar desse sucesso, os organizadores do Festival Varilux de Cinema Francês reafirmam a importância das projeções nas salas de cinemas. “Assistir a um filme no escuro de uma sala de cinema, com a tela grande, som e imagem de alta definição, compartilhando emoções, é uma experiência única e insubstituível”, afirma Christian. A situação não afetará a qualidade da seleção que está sendo preparada desde o festival de Berlim, em coordenação com as distribuidoras brasileiras parceiras do Festival Varilux. “A reabertura dos cinemas na França, desde o 22 de junho, permitiu o lançamento de vários longas-metragens franceses novos, que estarão disponíveis para o festival no Brasil em novembro”, dizem os curadores. Como todos os eventos culturais no Brasil, o Festival Varilux enfrenta graves dificuldades financeiras em 2020. A sua viabilização será possível graças à confiança do patrocinador principal e histórico do evento, o grupo Essilor Varilux, que aceitou o desafio de apoiar o festival presencial, para defender a cultura: “Acreditamos que a cultura, em tempos difíceis como os que estamos vivendo e num mundo pós-pandemia se faz ainda mais importante na vida das pessoas”, ressalta Guilherme Nogueira, diretor de marketing do Grupo Essilor. O apoio do grupo Essilor se dará por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O festival contará também com o apoio da Embaixada da França, das Alianças Francesas do Brasil, da Unifrance e da Dispositiva. E também os apoios da Ingresso.com e do Club Med por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro.

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