CINEMA

Festival Cine PE começa e traz longas de perfil popular

Evento pernambucano realiza sua 17ª edição com sete longas em mostra competitiva

João Nunes
26/04/2013 às 15:36.
Atualizado em 25/04/2022 às 18:38
Filme 'Giovanni Improtta' dirigido e protagonizado por José Wilker (Divulgação)

Filme 'Giovanni Improtta' dirigido e protagonizado por José Wilker (Divulgação)

Começa nesta sexta-feira (26) e prossegue até o dia 2 de maio em Recife/Olinda o 17o Cine PE Festival do Audiovisual. Serão sete longas-metragens inéditos em competição: quatro ficções e três documentários totalizando três filmes de São Paulo, três do Rio e um de Pernambuco. São 18 os curtas-metragens selecionados de seis estados. Rápida passada de olhos pela lista indica que teremos uma competição bem popular – o que não é juízo de valor em si. Se os filmes forem bons, não importa a classificação que se dê a eles.

'Giovanni Improtta' (RJ), primeira direção de José Wilker, nasceu do personagem homônimo da telenovela 'Senhora do Destino' (Globo, 2004/2005). Trata-se da comédia de contraventor que deseja ascender socialmente, se legalizar e se tornar celebridade, porém, se envolve em enrascadas com a polícia, o jogo do bicho e a família.

'Vendo ou Alugo' (RJ), é outra comédia. Dirigida por Betse de Paula, narra a história de família que vive em casa luxuosa. Por ser próxima da favela não consegue manter nem vender. No elenco, atores como Marcos Palmeira, Marieta Severo e Natália Timberg.

'Bonitinha, mas Ordinária' (RJ) tem texto de Nelson Rodrigues como base, mas a produção é de Diler Trindade, famoso por fazer filmes baratos, populares e rápidos, tendo como fiel escudeiro o diretor Moacyr Goes. No elenco, dois ótimos atores, João Miguel e Leandra Leal.

'Aos Ventos que Virão' (SP), de Hermano Penna, é incógnita até na sinopse divulgada pela produção: “Acreditou na mudança das coisas e que refaria sua vida, e tudo ficou para os ventos que virão”. O elenco traz Rui Ricardo Diaz, Emanuelle Araújo, Luis Miranda e Neusa Borges.

Entre os documentários, a vertente popular continua com Mazzaropi (SP), de Celso Sabadin, sobre Amácio Mazzaropi, caipira, cômico, ator, diretor, roteirista, distribuidor, produtor e empresário, e responsável por alguns dos maiores sucessos da história do cinema nacional.

A sinopse de 'Orgulho de Ser Brasileiro' (SP), de Adalberto Piotto, tampouco revela muito. “O sentimento nacional é discutido abertamente. Não é ufanista, é para pensar. Não é contra o Brasil, mas a favor. Apenas real. Feito por brasileiros. Sem intermediários”.

Finalmente, 'Rio Doce-CDU' (PE), de Adelina Pontual, faz viagem pelos subúrbios de Olinda e Recife seguindo o itinerário da linha de ônibus Rio Doce/CDU. Cortando antigos bairros, revela diversidade de paisagens urbanas e de tipos humanos que habitam aqueles lugares.

Homenagens

Os homenageados serão a atriz Marieta Severo, o diretor Silvio Tendler e o Canal 100, fundado por Carlos Niemayer e que possui o maior acervo cinematográfico do futebol brasileiro. Todos receberão o troféu Calunga dourada. Marieta Severo, atriz de cinema, teatro e TV, tem mais de 37 filmes no currículo, entre eles, 'Quincas Berro D’Água' (2010), 'A Grande Família' (2007), 'Cazuza – O Tempo não Para' (2004) e 'Carlota Joaquina, Princesa do Brasil' (1995). Silvio Tendler produziu cerca de 40 filmes e detém as três maiores bilheterias de documentários do cinema brasileiro: 'O Mundo Mágico dos Trapalhões' (1,8 milhão de espectadores), 'Jango' (1 milhão) e 'Anos JK' (800 mil).

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