entrada franca

Exposição no MACC celebra os 10 anos do Museu de Artes Visuais da Unicamp

"Paisagem sob Inventário" é o nome da exposição que exibe uma coletânea de trabalhos sobre o espaço urbano, arte e sociedade contemporânea; visitas podem ser feitas até 30 de setembro

Cibele Vieira
10/08/2022 às 13:01.
Atualizado em 10/08/2022 às 13:01
Os curadores Sylvia Furegatti e Evandro Ziggiatti Monteiro e o pró-reitor de extensão e cultura da Unicamp, Fernando Coelho, acompanharam de perto a montagem da mostra no MACC: as obras ocupam o espaço expositivo na Sala 1 do museu e a área externa (Gustavo Tilio)

Os curadores Sylvia Furegatti e Evandro Ziggiatti Monteiro e o pró-reitor de extensão e cultura da Unicamp, Fernando Coelho, acompanharam de perto a montagem da mostra no MACC: as obras ocupam o espaço expositivo na Sala 1 do museu e a área externa (Gustavo Tilio)

A exposição "Paisagem sob Inventário" com 50 trabalhos de artistas convidados e obras de acervo abre hoje no Museu de Arte Contemporânea de Campinas (MACC). A iniciativa comemora os 10 anos do Museu de Artes Visuais (MAV) da Unicamp e segue aberta ao público até 30 de setembro, com entrada franca. A paisagem foi selecionada como recorte temático, propondo uma combinação de peças do acervo e obras de oito artistas visuais convidados que são atuantes no cenário nacional e internacional e cuja produção também se relaciona ao tema, abordando espaço urbano, arte e sociedade contemporânea.

Para celebrar esta década de vida do MAV, os professores da Unicamp e curadores da mostra, Sylvia Furegatti (Instituto de Artes), Evandro Ziggiatti Monteiro (Arquitetura e Urbanismo) e Antônio Carlos Amorim (Faculdade de Educação) juntaram suas pesquisas acadêmicas e artísticas para criar o projeto "Paisagem sob Inventário". 

Quem chega ao MACC, logo atrás da Prefeitura, no Centro da cidade, se depara com uma escultura de ferro fundido que pesa quatro toneladas e tem quatro metros de altura, com uma árvore da vida esculpida, que veio de Belo Horizonte,MG. Esta é a primeira peça da exposição que reúne artistas de diferentes locais e estilos para mostrar trabalhos relacionados ao tema. “A mostra revela as camadas desta paisagem e os visitantes podem ver um museu dentro de outro museu e, ao mesmo tempo, quase todas as linguagens da arte: pintura, gravura, fotografia, instalações, intervenções", explica Sylvia Furegatti. “A paisagem é um assunto que nos permite fazer aproximações e conversas sob diferentes visões dos artistas, numa celebração que nos propõe diversas perspectivas”, completa.

Além da exposição com as obras bi e tridimensionais, estão programadas atividades com estudantes e professores das escolas de ensino básico, com foco na estética. Esta é uma das razões da escolha do MACC para sediar a mostra, por ser um ambiente urbano central e público de Campinas.

Muitos dos trabalhos apresentados pelos artistas convidados são inéditos, criados especialmente para esta mostra. Também integram o projeto peças do acervo do MAV incorporadas recentemente e que pela primeira vez serão expostas ao público. As discussões sobre paisagem que conduziram a curadoria do projeto amparam-se, principalmente, nos conceitos elaborados por Javier Maderuelo, acadêmico, arquiteto e esteta espanhol, cuja produção intelectual propõe um estudo minucioso sobre o que a visualidade implica ao conceito de paisagem. 

Uma década do Museu de Artes Visuais

Constituído em janeiro de 2012, o MAV da Unicamp foi criado por docentes do Departamento de Artes Plásticas do Instituto de Artes que, por meio das exposições realizadas em sua Galeria, organizaram uma coleção de peça doadas à Universidade na década de 1980 para a criação de seu museu de arte. Seu último inventário, de 2021, indica um total de 1.391 peças para seu acervo incluindo pinturas, esculturas, desenhos, gravuras, instalações artísticas, livros de artista, vídeos e demais linguagens das artes visuais que se somam a uma coleção expressiva de sete mil itens de arte correio e publicações deste campo artístico ainda em fase de catalogação.

Foram convidados para a mostra os artistas Marlon de Azambuja (vive e trabalha entre Madrid e Paris), Nazareno Rodrigues (SP), Amilcar Packer (Chile), Guga Ferraz (RJ), Monica Mansur (RJ), Leandro Gabriel (MG), Bella Tozini (SP), e Thiago Bortolozzo (Campinas). Entre os 16 artistas com obras de acervo estão Lasar Segall, Renina Katz, Antonio Henrique do Amaral, Bené Fonteles, Thomaz Perina, Mario Bueno, Ellen Banks e Marco Francesco Buti.

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