Seriado com Kevin Bacon vai ao ar pelo Warner Channel, às 22h50,
Série de TV "The Following" (Divulgação)
Imagine um serial killer daqueles bem tradicionais, ou seja, com uma mente totalmente perturbada e fã de mortes violentas e autorais, digamos assim. Agora imagine um psicopata que, além de tirar a vida de dezenas de pessoas, consegue convencer outras dezenas a fazer o mesmo que ele, de forma ainda mais cruel. Se, muitas vezes, o jeito mais fácil de conseguir justificar uma onda de assassinatos e deixar o público angustiado na frente da tela é dar o crédito dos acontecimentos a um louco com um motivo que só ele entende, em 'The Following' — série que chega ao Warner Channel na próxima quinta-feira, às 22h50, com Kevin Bacon como protagonista —, a situação beira o extremo da loucura.
Ryan Hardy (Bacon) é um ex-agente do FBI cheio de problemas convocado para combater o perigoso serial killer que ele colocou na cadeia há oito anos. O criminoso conseguiu escapar de uma penitenciária de segurança máxima e está pronto para promover mais um derramamento de sangue. A diferença, dessa vez, é que não se trata apenas de uma missão para deter o intelectual Joe Carroll (James Purefoy) que matou 14 estudantes do Virginia College, onde era professor de literatura. Hardy enfrentará uma corrente com mais de 300 seguidores (daí o nome da série), todos conectados e trabalhando conjuntamente por um mesmo ideal — mais mortes. O primeiro episódio da produção assinada por Kevin Williamson (The Vampire Diaries e Dawson’s Creek), disponibilizado exclusivamente para a imprensa, já deixa claro o porquê da fama recebida nos Estados Unidos como a série mais violenta da TV dos últimos tempos.
O thriller policial com influências claras de grandes sucessos do gênero no cinema, como Seven - Os Sete Crimes Capitais e O Silêncio dos Inocentes, tem como fonte inspiradora para os atos o escritor Edgar Allan Poe, ídolo máximo do assassino intelectual. Como o livro favorito de Joe Carroll é O Gato Preto, suas vítimas, preferencialmente mulheres, têm os olhos arrancados antes dos golpes fatais. A cena inicial, a fuga, representa bem o que está por vir ao mostrar cinco guardas estripados sem qualquer piedade. Mas, para não deixar dúvidas, uma das seguidoras entra na delegacia onde o caso é investigado e protagoniza a cena mais angustiante do episódio ao tirar a própria vida.
O que chama mais a atenção na produção é o roteiro espetacular, que entrelaça presente e passado, em tomadas rápidas, para explicar a primeira carnificina e dar sentido — se é que é possível — a nova. Assim como muitas outras séries americanas, The Following recebe tratamento de cinema e apresenta uma qualidade impressionante.
Na trama, a grande preocupação do ex-agente é proteger a única sobrevivente do massacre e também Claire Matthews (Natalie Zea), ex-mulher de Carroll, e seu filho. Descobrimos rapidamente que Claire e Ryan tiveram um caso, o que deixa tudo ainda mais pessoal na quase vingânça do fugitivo.
O primeiro episódio tem começo, meio e fim, chegando a deixar dúvidas se os roteiristas conseguirão segurar a série por toda uma temporada. Pois é nesse momento, quando tudo parece resolvido, que The Following vai te prender, seguindo o exemplo de séries como Homeland. Ryan, mais do que o mocinho, é a peça principal do jogo de xadrez montado pelo inimigo com pessoas muito próximas de suas vítimas, acima de qualquer suspeita. O agente, que acabou escrevendo um livro sobre o caso de Joe Carroll, será parte de uma continuação da história, uma obra que o psicopata faz questão de que eles “escrevam” juntos.
AGENDE-SE
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Série The Following
Estreia: quinta-feira (21/2), às 22h, no Warner Channel