MOSTRA

'Espécies Nativas' conecta um artista de Valinhos com um moçambicano

A exposição reúne obras de Genivaldo Amorim e Jorge Dias e pode ser visitada gratuitamente no Pavilhão do Parque Festa do Figo

Cibele Vieira
08/08/2022 às 09:20.
Atualizado em 08/08/2022 às 09:27
O artista Genivaldo Amorim em um ambiente da mostra em Valinhos: critividade para focar no diálogo e nos significados das relações entre os diferentes sistemas (Divulgação)

O artista Genivaldo Amorim em um ambiente da mostra em Valinhos: critividade para focar no diálogo e nos significados das relações entre os diferentes sistemas (Divulgação)

Obras como “As Caravelas São Sempre Perigosas” de Genivaldo Amorim, artista de Valinhos, e “Casulos” do moçambicano Jorge Dias integram a mostra “Espécie Nativas”, que está aberta para visitação no Parque da Festa do Figo, em Valinhos, até 28 de agosto, com entrada franca. Os artistas fizeram quatro grandes instalações que dialogam entre si. Genivaldo Amorim foca suas produções artísticas (com instalações, pintura, desenho, objetos, fotografia, videoarte e outras mídias) no diálogo e nos significados das relações entre os sistemas. Ele vive e trabalha na cidade da RMC desde 1991. Já Jorge Dias produziu sua obra com plástico reciclado coletado em solo brasileiro. A exposição tem curadoria do cubano Andrés Hernández e é realizada com apoio ProAC.

Amorim em 18 peças construídas com arame, tecido e espuma dispostas em fileiras. De um lado, as peças vermelhas dentro da estrutura metálica lembram o corpo transparente das águas vivas, vislumbrando seus órgãos internos. Do outro, a disposição das peças no espaço, com os cabos de aço de sustentação, remete à ideia da caravela (a embarcação) e nos perigos que ela muitas vezes representava. O artista traz para a mostra também a instalação “Peçonhas”, com 30 peças vermelhas, feitas de tecido pintado e espuma, acopladas a uma escultura de arame, como um exoesqueleto, dispostas em diversas alturas no espaço.

“Casulos”, de Jorge Dias, foi instalada pela primeira vez no Brasil no Rio de Janeiro, quando o artista concluiu um período de formação na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e depois passou por diversos países. Inicialmente era composta por roupas usadas, mas suas tramas foram substituídas por materiais efêmeros dos lugares por onde passava, como papéis, sobras industriais, cordas, barbantes, linhas e espuma, além dos tecidos. Todos os materiais são derivados dos locais onde a obra é produzida, o que possibilita uma maior conexão do artista com cada cidade.

Ele deseja que seus Casulos “possam ser uma representação da mudança - individual e social - para novas formas de ser”. 

PROGRAME-SE 

Exposição Espécies Nativas 

Quando: até 28/08 - de quarta a sexta, das 13h às 18h, e sábados e domingos, das 9h às 17h 

Onde: Pavilhão do Parque Municipal Monsenhor Bruno Nardini (Parque da Festa do Figo) - R. Dom João VI, 82, Jardim Planalto - Valinhos 

Entrada gratuita 

Informações: Instagram: @genivaldo_amorim

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