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EP The Websters traz esperança na superação dos desafios

Quatro artistas jornalistas e designer se unem para um projeto colaborativo em defesa do meio ambiente

Do Correio.com
20/06/2022 às 11:05.
Atualizado em 20/06/2022 às 11:23

A arte visual do EP The Websters ficou a cargo de William Hebling (Divulgação)

O ritmo alucinante da devastação da Amazônia, a ameaça crescente aos povos originários e a intolerância religiosa. Esses temas perpassam o espírito dos quatro artistas que lançam, no dia 1º de julho, o EP “The Websters”. Com improvisações livres, as músicas trazem paisagens sonoras complexas, entre cenários que vão de cantos dos indígenas guarani, sinos do Mosteiro de Montserrat, na Espanha, sons da natureza e instrumentos acústicos. O EP contém duas músicas, com distribuição pela Tratore nas plataformas de streaming. Também será lançada uma edição limitada em vinil transparente (compacto 7”).

O grupo colaborativo é formado pelos artistas e jornalistas Roger Marza, Nicolau Centola, André Borges e pelo designer e artista plástico William Hebling. Além da amizade que os liga há 22 anos, o projeto teve início quando André foi cobrir o Acampamento Terra Livre, em Brasília, em abril de 2022, para o jornal O Estado de S. Paulo. A manifestação, que reuniu mais de 200 etnias indígenas do País, teve como objetivo defender os direitos dos povos originários.  

André gravou uma canção indígena do povo guarani, em ritual que incluía a benção de seus filhos. A partir dessa gravação, surgiu a ideia de produzir uma obra sonora. André adicionou uma suave melodia ao violão, e Roger criou um intrincado solo no sax. A faixa foi batizada de “Caboclo”, para simbolizar as entidades indígenas que se expressam na Umbanda e no Candomblé.

A segunda música, chamada de “Maria Padilha de Monteserrat”, faz alusão ao espírito da mulher livre e sedutora Maria Padilha, entidade mais recorrente na Umbanda, embora haja também o seu culto em terreiros de Candomblé. A partir de uma gravação dos sinos do Mosteiro de Monteserrat, próximo de Barcelona, Roger criou uma bela melodia ao sax. 

A arte visual ficou a cargo de William Hebling que, coincidentemente desenvolvia uma série chamada “Pele de Imagem”, ou “Utupa Siki”, que se refere a um retrato na linguagem yanomami. William associou o livro “A queda do céu: Palavras de um xamã yanomami”, de Bruce Albert e Davi Kopenawa Yanomami às notícias de assassinatos de indígenas e devastação ambiental. 

Todo o trabalho foi feito a distância: André em Brasília, Roger e Nicolau em São Paulo, e William produziu as artes em sintonia com os sons em Rio Claro (SP). 

Os artistas 

Nicolau Centola é um artista sonoro com doutorado em arte no Instituto de Artes da Unesp. 

Roger Marza faz improvisação livre ao sax alto com paisagens sonoras da natureza e da ciência. 

William Hebling é formado em comunicação social e trabalha com fotografia, gravura, tipografia, caligrafia, video-documental e movelaria como suporte de suas instalações. 

André Borges é um cara que tenta ganhar a vida honestamente, sem ferrar ninguém (a não ser que mereça). Ama a música, as letras e quase tudo o que se faz com elas.  

Serviço: 

Lançamento: dia 1º de julho de 2022 

Álbum online e em versão compacto 7” 

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