Ao longo dos anos, as mocinhas tornaram-se uma especialidade de Nathalia Dill. Apesar de ter surgindo na televisão como a vilã da temporada 2007 de Malhação e ter conquistado papéis ácidos, como a mimada Branca de Liberdade, Liberdade, a atriz de 31 anos coleciona inúmeras protagonistas românticas e sofredoras em seu currículo
Apesar de surgir na TV como uma vilã e ter conquistado papéis ácidos, a atriz de 31 anos coleciona protagonistas cheias de romantismo (Divulgação)
Ao longo dos anos, as mocinhas tornaram-se uma especialidade de Nathalia Dill. Apesar de ter surgindo na televisão como a vilã da temporada 2007 de Malhação e ter conquistado papéis ácidos, como a mimada Branca de Liberdade, Liberdade, a atriz de 31 anos coleciona inúmeras protagonistas românticas e sofredoras em seu currículo. Porém, ao se deparar com a indomável Elisabeta, de Orgulho & Paixão, atual novela das seis, Nathalia se viu diante de uma personagem pouco ortodoxa em sua trajetória. “O que mais gosto é que ela tem um leque enorme de emoções. Não é uma mocinha chorosa. É romântica, irônica e inquieta. Me impressiona como ela é heroica e com a língua afiada. Dá para brincar em cena”, explica. Baseada na protagonista de Orgulho & Preconceito, romance da inglesa Jane Austen, Elisabeta é uma jovem à frente de seu tempo, que se recusa a casar por conveniência. Disposta a conhecer o mundo e romper com os padrões impostos da época, a personagem encontra em Darcy, papel de Thiago Lacerda, seu par ideal. Porém, o conflito de ideias torna a relação dos dois problemática. “A Elisabeta é uma personagem muito atenta a tudo que acontece à sua volta. Eu, como atriz, tento ser assim também”, aponta a atriz, que gravou suas primeiras cenas nas cidades mineiras de Mariana, Carrancas e Lavras. “Para o trabalho é incrível essa vivência de viajar com a equipe. Podemos levar para o estúdio essa experiência de campo, com as sensações que vivemos. Uma energia e astral muito bons”, conclui. À frente do seu tempo “Acho muito legal como tanto a Elisabeta como o Darcy são deslocados do tempo. Ela não concorda com essa mulher que tem de servir ao homem e ele não aceita essa mulher troféu na prateleira. Essa é uma energia que eu gosto de imprimir na personagem. É uma luta muito forte e ir contra um sistema estruturado é dolorido, sofrido e difícil. Acho que essas ideias nunca foram desatreladas das mulheres. Ainda hoje há um pensamento de que a mulher tem de casar e cuidar da casa.” Orgulho & Preconceito “Li o livro, mas preferi não ver nenhuma adaptação do cinema. Fiquei com receio de ser influenciada em cena por algo que visse. Por isso, me baseio nos capítulos e no livro. Como a Elisabeta está concreta, acho que vou assistir ao filme. Fiquei com vontade.” Personagem “Tivemos aulas de etiqueta para nos acostumarmos com os trejeitos da época e também fiz aulas de equitação. Também aprendemos a conduzir charretes. A gente treinou muito a pronúncia do nome do Darcy. É Dárcy. Os figurinos também foram essenciais para compor a Elisabeta. Acho que, quanto maior a complexidade da personagem, melhor ela é. Isso é independente do lugar que ele ocupe na história. Gosto de papéis que sejam ricos e tenham um leque ou um colorido diferente. Existem personagens importantes dentro do enredo que são chapados ou sem muita cor. A Elisabeta tem muitas vertentes e um vasto enredo de emoções. Isso é muito bom para brincar e variar em cena. INSTANTÂNEAS Nathalia Dill já trabalhou como assistente de direção durante a peça O Beijo no Asfalto. Em junho, a atriz poderá ser vista no filme Talvez uma História de Amor. Além de Elisabeta, Nathalia ficou encantada com a personagem Jane, interpretada por Pamela Tomé. “É papel muito lindo. Acho bonita a forma apaixonada que ela vê a vida”, afirma. Para viver as gêmeas Lorena e Julia de Rock Story, Nathalia precisou platinar os cabelos no início da novela. Porém, logo nos primeiros capítulos, voltou a ficar morena.