A curitibana Renata Bittencourt e o campineiro Diego Munhoz se conheceram em Paris e formaram o duo (Divulgação)
O Duo Aurore, formado por Diego Munhoz e Renata Bittencourt, dois pianistas brasileiros radicados em Paris — ele campineiro, ela curitibana, apresenta recital de piano a quatro mãos, faz apresentação hoje no Teatro Municipal José de Castro Mendes. No programa estão obras de Antonin Dvorak (1841-1904), Maurice Ravel (1875-1937), Franz Schubert (1797-1828) e Sergei Rachmaninoff (1873-1943). Vencedor do 2º prêmio no Concurso Internacional de Piano a Quatro Mãos de Mônaco (2016), o mais importante da categoria, o Duo Aurore tem se apresentado em importantes salas de concerto da Europa. Agora em agosto, realiza mais uma turnê brasileira, que vai passar também por Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Florianópolis, Ouro Preto e Curitiba. “Fiz graduação em música na Unicamp e estou radicado em Paris desde 2010, para onde fui após me formar. Lá, um amigo comum me apresentou a Renata. No Brasil, eu em Campinas e ela em Curitiba, atuávamos na formação de duo a quatro mãos, mas desfizemos nossos grupos ao irmos para Paris. O amigo sabia da nossa vontade de trabalhar nesse formato e nos apresentou”, conta Munhoz. O duo realizou a primeira turnê brasileira no ano passado, quando fez três concertos, um deles em Campinas. “Agora, aproveitamos para rever amigos, família e também fazer outra turnê, um pouco maior, e mostrar o trabalho que estamos desenvolvendo”, explica Munhoz. Questionado sobre se os dois formam um casal, diz que a parceria é apenas profissional e de amizade. “Sempre perguntam se somos casados ou irmãos. Mas, a comunhão é de trabalho, de amor à música.” Ele conta que morava em cima de um restaurante que tinha um piano, e tocava lá para reforçar o orçamento. Quando conheceu Renata, iniciaram a carreira de duo no mesmo local. O desempenho do Duo Aurore pode ser conferido em vídeo no Youtube, e a dupla tem planos de gravar um CD até 2018. Munhoz informa que o repertório para quatro mãos não é muito executado. “São duas pessoas dividindo o mesmo piano. No final, o concerto se torna um espetáculo para ser visto e ouvido”, avalia. Segundo ele, Schubert compôs várias peças para quatro mãos. No concerto o duo interpreta Rondó em Lá Maior, Op.107, D. 951, do compositor austríaco. O programa traz ainda as Danças Eslavas de Dvorak, peças com inspiração espanhola, de Ravel, e seis peças de Rachmaninoff (Barcarolle, Scherzo, Thème Russe, Valse, Romance e Slava).
