Evento gratuito

Documentário narra a história da Vila Padre Anchieta e seus moradores

"Cidade Anchieta — a história contada por dentro" foi produzido pelo campineiro Juninho Ortiz e tem relatos de quem viu o início das obras, além de filhos e netos que vivem até hoje no bairro

Cibele Vieira/ cadernoc@rac.com.br
22/03/2024 às 09:09.
Atualizado em 22/03/2024 às 09:09

A Vila Padre Anchieta é um dos núcleos habitacionais populares mais tradicionais de Campinas (Divulgação)

Um resgate que começou a ser feito de maneira despretensiosa, com o objetivo de reunir memórias, levou o campineiro Juninho Ortiz, que trabalha há 31 anos com audiovisual e televisão, a construir um documentário importante sobre um conjunto habitacional que se tornou uma cidade dentro de Campinas. A Vila Padre Anchieta, hoje parte do distrito Nova Aparecida, na região Norte da Cidade, tem uma história interessante que será contada em um documentário de pouco mais de uma hora, com lançamento previsto para junho no Teatro Maria Monteiro. Antes, neste final de semana (sábado e domingo), os moradores poderão assistir em primeira mão a uma versão curta do filme, em telão ao ar livre que será instalado na área central do distrito (Praça da Integração, conhecida como Praça do Skate). A exibição gratuita da versão curta do documentário produzido por Juninho Ortiz, da Melífera Filmes, coincide com o aniversário de 60 anos do bairro. 

As imagens mostram como tudo começou. Um terreno de aproximadamente 1,5 milhão de metros quadrados que pertencia à Fepasa foi decretado de utilidade pública pelo ex-prefeito Lauro Péricles em 1975. O prefeito que veio depois, Francisco Amaral, usou a Companhia de Habitação de Campinas (Cohab) para o projeto de construção de 3.500 unidades (entre casas e apartamentos) que foram ocupadas por cerca de 20 mil pessoas no início da década de 1980. A inauguração, em 1982, teve a presença do então presidente da República, o general João Figueiredo. Os primeiros moradores conviveram com muita poeira, sofreram com a falta de água, passaram momentos difíceis com falta de energia, tinham grande dificuldade para se deslocarem em função da distância, mas o bairro só cresceu desde então. 

A última entrevista gravada pelo ex-prefeito Francisco Amaral foi para este documentário, conta Ortiz. Ele usou como fonte de informações, além de documentos e depoimentos, as reportagens dos jornais Correio Popular e o extinto Diário do Povo, que inclusive editou uma revista sobre o conjunto habitacional para soltar no evento de inauguração. Ortiz salienta que “o documentário tem início em 1976 e segue mostrando a evolução até os dias atuais, com a visão dos moradores de Aparecidinha que viram o início das obras, dos primeiros moradores em 1980 relatando suas impressões e dificuldades, além da geração de filhos e netos que vivem até hoje no bairro”. O cineasta ressalta que está contente por poder mostrar seu trabalho autoral e exibir primeiro para os moradores locais. 

Ortiz trabalhou um período como editor na TV Bandeirantes, passou por produtoras e hoje atua na direção de artes, como designer e em trabalhos de computação gráfica. Mas sua paixão, revela, é editar vídeos jornalísticos. Por isso, quando conheceu a história do bairro e resolveu fazer o resgate das memórias, considerou “um bônus jornalístico, nem foi um trabalho, mas um prazer”. O documentário teve a direção de Juninho Ortiz, imagens e produção de Cláudio Doretto, acompanhamento do historiador Américo Vilella e apoio dos operadores de câmera Genésio Ruiz e Zeca Filho.’

PROGRAME-SE

Exibição do curta: "Cidade Anchieta - a história contada por dentro"

Quando: Sábado, dia 23, e domingo, dia 24, às 19h

Onde: Praça da Integração – Av. Papa João Paulo II s/n, Vila Padre Anchieta 

Evento gratuito

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