FOTOGRAFIAS

Dia ‘Tereza de Benguela’ é celebrado com exposição em Campinas

Data visa homenagear mulher negra latino-americana

Isadora Stentzler/ [email protected]
26/07/2022 às 09:05.
Atualizado em 26/07/2022 às 09:05
Mostra reúne fotos de mulheres negras anônimas, com diferentes perfis (Ricardo Lima Ricardo Lima)

Mostra reúne fotos de mulheres negras anônimas, com diferentes perfis (Ricardo Lima Ricardo Lima)

A exposição fotográfica “Tereza que vive em nós” foi aberta na segunda-feira (25) ao público, em Campinas, em comemoração ao Dia Tereza de Benguela, instituído ano passado no calendário oficial de Campinas e em homenagem à Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. A exposição conta com imagens retratadas pela fotógrafa Thamires Silva e está aberta à visitação até o fim de semana, no Kardume Cultural. A entrada é gratuita. 

A mostra reúne imagens de mulheres negras anônimas de Campinas, com diferentes idades, corpos e profissões, utilizando vestuários da cultura afro-brasileira e elementos de decoração originários de países da África. Cada uma delas posou para as lentes da fotógrafa Thamires Silva, vestida e ornamentada por uma das facetas de Tereza de Benguela: desbravadora, corajosa, ancestral, líder do Parlamento, rainha, justa, trabalhadora e companheira.

A abertura da exposição foi às 18h de na segunda-feira (25) e contou com a presença do coletivo responsável pela curadoria e produção da exposição e a participação do DJ Plenna, artista independente da cena LGBTQIAPN+ de Campinas. 

A exposição integra as celebrações do Dia Tereza de Benguela, em homenagem à Mulher Negra Latinoamericana e Caribenha. A data foi incluída no ano passado nas comemorações oficiais de Campinas, por meio da Lei n° 16.120/2021, da vereadora Paolla Miguel (PT).

Tereza de Benguela

Tereza de Benguela viveu no século 18 no Vale do Guaporé, em Mato Grosso. Ela liderou o Quilombo de Quariterê ao lado de seu companheiro, José Piolho, morto por soldados que serviam a Portugal. 

Segundo documentos da época, o lugar abrigava mais de 100 pessoas, com aproximadamente 79 pessoas negras e 30 indígenas. O quilombo resistiu da década de 1730 até o final do século. Tereza morreu após ser capturada por soldados em 1770 – alguns dizem que a causa foi suicídio, outros afirmam que houve uma execução.

A exposição pode ser visitada até o dia 31 de julho no Kardume Cultural, localizado na rua Dr. José de Campos Novaes, 160, Vila Angelino Rossi.

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