As músicas de Bob Marley estão entre os principais hits tocados nas apresentações de reggae (Pixabay)
Sem um reduto para chamar de seu, o reggae em Campinas é um movimento de resistência. Ele insiste em se manter vivo, mas quase sem apoios. A opinião é do produtor e DJ Rodrigo Souza, que há 22 anos promove shows e eventos focados no estilo jamaicano que teve Bob Marley como seu principal representante. “Esse movimento tem um cenário difícil, com poucos locais para apresentação, mas insistimos em promovê-lo para fortalecer o gênero”, explica o DJ, também conhecido por Buiu, que divulga os eventos do ritmo pelo Instagram: @100reguera.
Para celebrar a data, serão promovidos dois shows no próximo fim de semana. Na sexta, 13, a banda Cidade Verde se apresenta no Campinas Hall, às 22h, e no domingo, 15, a banda Lion Zion aporta na Mafiosa Cervejaria, em Valinhos, das 13h às 20h.
Campinas tem pelo menos quatro bandas focadas na musicalidade do reggae. A mais antiga é a Reggae Spirit (cujo vocalista Doc Miranda tem 70 anos). As outras são a Adub (reggae instrumental), a Natural Mistic (uma das mais tradicionais) e a banda de apoio Uatafaia, que se apresenta com diferentes vocalistas.
O reggae é constantemente associado ao movimento religioso rastafari e influenciou muitos músicos. Suas composições sempre pregam o amor, a positividade e falam em Deus, mas também focam em críticas sociais. Para o produtor campineiro, essa música tem um público interessante, formado por pessoas mais simples. “Por isso os eventos precisam ser acessíveis’, defende.
Seu maior divulgador, Bob Marley, morreu em 1981, aos 36 anos, vítima de complicações de um melanoma maligno. Chamado de “rei do reggae”, o cantor e compositor jamaicano vai ganhar um filme sobre sua curta, mas marcante trajetória. Será produzido pela Paramount sob a direção de Reinaldo Marcus Green. O ator britânico Kingsley Ben-Adir foi o escolhido para o papel principal.