série aruanas

Débora Falabella se aproxima da temática ambiental

Inicialmente lançada no Globoplay, Aruanas chegou à tevê aberta no mês de março. A série é uma das poucas obras de dramaturgia inéditas no ar

Da TV Press
28/06/2020 às 18:54.
Atualizado em 28/03/2022 às 23:15
Além de Aruanas, Débora Falabella se reviu nas telas em Avenida Brasil, no Vale a Pena Ver de Novo, da Globo, e em O Clone, no Canal Viva (Divulgação)

Além de Aruanas, Débora Falabella se reviu nas telas em Avenida Brasil, no Vale a Pena Ver de Novo, da Globo, e em O Clone, no Canal Viva (Divulgação)

Débora Falabella passou por uma transformação de convicções e ideais durante o trabalho em Aruanas, da Globo, cujo último episódio será apresentado na próxima terça, 30. Ao longo das gravações da série, escrita por Estela Renner e Marcos Nisti, a atriz foi impactada pelas novas informações que ia absorvendo sobre a temática ambiental. Após finalizar sua participação na primeira temporada da série, Débora não só viu sua rotina ganhar algumas mudanças, mas também percebeu que a forma de educar sua filha sobre a questão foi modificada. “Nunca fui uma pessoa alienada, sempre fui alguém consciente desse assunto. Me preocupava com meu lixo, com reciclagem, mas era isso. Hoje em dia, me sinto mais envolvida com essas questões do que antes. Conheci muita gente do Greenpeace, jornalistas ambientais. São pessoas que já me procuram porque sabem que quero me envolver mais. Me sinto feliz de estar ampliando minha consciência sobre esse assunto. É um aprendizado para a vida”, valoriza. Inicialmente lançada no Globoplay, Aruanas chegou à tevê aberta no mês de março. A série é uma das poucas obras de dramaturgia inéditas no ar atualmente. Os Estúdios Globo, localizados no Rio de Janeiro, paralisaram as gravações de novelas e séries por conta das medidas de combate à Covid-19. Para Débora, o projeto é exibido em um momento importante da sociedade. A atriz, inclusive, torcia para que a série tivesse um alcance além do streaming. “Acho que foi uma escolha muito bonita. Falar de natureza no momento em que estamos fazendo uma pausa é importante. Está tudo interligado. Precisamos parar e olhar para essa corrida desenfreada do capitalismo. Espero que a mensagem da série atinja mais gente”, defende. Antes de se envolver no lançamento da série, Débora estava no início das gravações da segunda temporada. Porém, os trabalhos foram interrompidos por conta das medidas de isolamento social. “Estávamos gravando há uma semana. Foi um pouco frustrante parar. Mas também foi bom para nos envolvermos nesse lançamento na tevê aberta”, afirma. As gravações da primeira temporada de Aruanas começaram por Manaus, no Amazonas. A viagem, inclusive, foi importante para o trabalho de construção de personagem de Débora. A atriz gravou em uma aldeia real e com atores figurantes indígenas. “Estar na Amazônia foi imprescindível para a construção da narrativa que queríamos contar. Foi muito impactante fazer uma cena de um massacre indígena naquele cenário real. Mexeu muito comigo ver aquelas pessoas passando por isso. Na tevê, a gente vê como é grandiosa a série”, explica. Após gravar na floresta, Débora desenvolveu uma ligação muito especial com o local. Após as gravações, a atriz voltou ao Amazonas. “Eu já tinha ido uma vez e, depois da série, voltei com a minha filha. Fizemos uma viagem de barco linda. Ficamos imersas mesmo. Quero que essa ligação faça parte da minha vida para sempre”, coloca. A atriz cita que temas de importância social nem sempre pe uma escolha pensada. “Trabalhos com uma questão social forte nem sempre é uma procura. Claro que trabalhos importantes e com mensagens potentes me deixam mais instigada. Principalmente nesses tempos de agora. Acho muito forte isso de debater temas através da dramaturgia. A gente fala de assuntos sérios que atingem ao público. Minha companhia de teatro, por exemplo, tem muitos projetos voltados para questões sociais e políticas. Com os tempos atuais, acho que naturalmente temos nos voltado para projetos assim também.” Débora explica que a construção dos personagens da série começou com muita informação. “Tivemos uma preparação com o pessoal do Greenpeace. Foi transformador. Achava incríveis aquelas pessoas no meio do oceano, batalhando por seus ideais. Você tem uma sensação de que eles são heróis. Dá vontade de largar o emprego e ficar por ali naquela causa. Conversei com jornalistas ambientais também. Tem muito jornalista ambiental na linha de frente. É um trabalho bonito e perigoso”, afirma. Sobre as mudanças da sua personagem para a segunda temporada diz: “A Natalie já tem seus dramas da primeira temporada e já vem transformada por algumas questões. É uma mulher sensível e com uma história de vida complicada. Ela vive um luto por conta de uma filha que perdeu durante uma gravidez avançada. É um acumulo dessas questões. Ela segue com o ativismo dela cada vez mais forte e a questão do jornalismo ambiental também. A série mostra essas mulheres fortes e que se realizam em algumas áreas, mas tem de lidar com dramas pessoais fortes e pesados”, avalia. Túnel do Tempo Antes de curtir a exibição de Aruanas na tevê, Débora estava revendo dois de seus trabalhos de maior destaque: Avenida Brasil, no Vale a Pena Ver de Novo, e O Clone, que vai ao ar atualmente no Canal Viva. “Foi quase um túnel do tempo (risos). Foram personagens muito marcante para mim e para o público. Foi interessante ver esses trabalhos com um distanciamento. Tive uma sensação boa revendo porque estava distante de crítica. Foi quase um deleite. Na época estava tão envolvida. Agora, vi como espectadora”, ressalta. Enquanto revia suas cenas no folhetim, Débora aproveitou para repensar alguns momentos da sua vida. “A gente não tem muito a vida documentada, né? Só uma foto ou vídeo. O bom de rever é que me pego pensando o que estava acontecendo na minha vida na época daquelas gravações. A gente lida com a nossa imagem o tempo todo. É bem bonito isso”, aponta.

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