O tão esperado momento de estreia de Deadpool 2 finalmente chegou. Depois de mais de um ano após a estreia do primeiro filme do mercenário tagarela
Deadpool 2 mantém linha original, mas surpreende (Divulgação)
O tão esperado momento de estreia de Deadpool 2 finalmente chegou. Depois de mais de um ano após a estreia do primeiro filme do mercenário tagarela, a sequência chega apostando no que deu certo da primeira vez, e explora novos lados do irreverente herói da Marvel. Além das piadas e do lado cômico do filme, Deadpool 2 aposta em algo que surpreende, dando um toque mais emocional e tocante a alguém que, até o momento, tinha sido colocado como um “fruto de besteirol”. Resultado da parceria entre a Marvel Entertainmet e a 20th Century Fox, o filme peca em detalhes do enredo e em efeitos gráficos, mas isso não impede o sucesso prometido. O longa não foge a linha original, optando por situações que favorecem as piadas ácidas e o humor clássico do filme destinado a maiores de 18 anos, além de apresentar novos personagens e de recolocar alguns já conhecidos. O destaque de personagens novos acaba, naturalmente, caindo sobre o novo vilão do filme, Cable, interpretado por Josh Brolin, que também viveu Thanos, o vilão implacável de Os Vingadores - Guerra Infinita. O novo vilão tem uma veia mais cômica e suave se comparado aos quadrinhos, mas isso não caracteriza uma perda de qualidade, tanto do personagem quanto do ator. Outro destaque, merecido, recai sobre Zazie Beetz, que dá vida a Dominó, e acaba ganhando mais tempo de aparição para dar ênfase às piadas de Ryan Reynolds, que parece ter incorporado Deadpool em 100% do tempo, tanto nos cinemas quanto na vida real. Entretanto, a confusão que o filme criou no público é clara. Puxar para o lado emocional num filme caracterizado como um humor que beira o besteirol é arriscado, e, embora tenha se encaixado bem, deixou o público perdido em vários momentos. Os roteiristas Rhett Reese e Paul Werneck colocaram momentos de seriedade e ironia de maneira muito pontual, mas que se confundem entre si. Com uma temática diferente, e que até mesmo faz referência aos filmes dos X-Men, o longa aposta numa premissa já conhecida de Hollywood, mas que agrada ao público há muito tempo. Porém, Deadpool 2 transforma uma premissa simples e comum em algo grande ao apimentar a história com acidez e sangue. Muito sangue. Em relação as cenas de ação, o filme tem muito a oferecer. David Leitch, que assina a direção, montou as cenas de luta de um modo que as deixou impactantes. Além de explorar a deterioração e mutilação do corpo de Wade Wilson, identidade secreta do mercenário, o diretor optou por uma demonstração mais clara do poder de regeneração do herói. Porém, em relação aos efeitos visuais, Leitch pisou na bola. Os efeitos de computação gráfica do filme, os chamados CGI, são mais pobres que os do primeiro longa. O filme promete cenas de humor e gargalhadas, e cumpre. Definitivamente não é um dos piores filmes com o selo Marvel, nem dos melhores. Por apostar numa pegada mais emocionante com momentos marcantes de humor e ação, Deadpool 2 pode sofrer críticas, mas nada com que um elenco que contém Ryan Reynolds não saiba lidar. O ator, que utiliza seus fracassos cinematográficos anteriores para fazer graça durante o filme, vai estar pronto. Vale o ingresso. Os espectadores não se decepcionarão com o longa emocionante, cômico e bem-humorado. A reportagem assistiu ao filme durante uma sessão especial oferecida pela Oficina do Estudante, na terça-feira (15).