Casais de Campinas que se conheceram por meio de aplicativos de relacionamento compartilham suas histórias
Os três casais – Fábio e Rafaela, Flávio e Ana Caroline, e Carolina e Marcelo – permanecem juntos até hoje (Arquivo Pessoal)
Cada vez mais, estamos conectados digitalmente. A internet se tornou parte intrínseca da maneira como nos relacionamos com as pessoas, inclusive pela primeira vez. Saem os barzinhos e festas, locais tradicionais de interação para quem quer conhecer alguém, e entram os aplicativos de relacionamento, com informações prévias que vão ajudar no momento de "dar match" (quando as duas pessoas se mostram interessadas e compatíveis dentro da plataforma). São muitos os que apostam nessas ferramentas e, de fato, conseguem encontrar o seu par. Confira essas histórias.
FERRAMENTAS FACILITADORAS
Flávio Junqueira, de 35 anos, é contador e natural de Três Corações, em Minas Gerais, mas mora em Campinas. Em 2016, ele buscava por meio da plataforma de relacionamentos do Tinder uma forma de conhecer pessoas. Não buscava necessariamente um namoro, mas estava cansado da vida de solteiro e pronto para sair dela. "A plataforma era uma forma mais fácil de conhecer pessoas do que ter que sair, ir a festas, etc.", conta Flávio. Ele acreditava que, com informações importantes — um perfil com os gostos da pessoa e residência próxima —, era mais provável "dar um match" e iniciar um bate-papo. Após quase um mês de conversas online com a consultora de imagem Ana Caroline Zelioli e um ótimo encontro no Centro da cidade, eles não se separaram mais.
"Foi praticamente amor à primeira vista. Começamos o relacionamento em abril, mas oficializamos em 12 de junho, Dia dos Namorados", lembra Flávio, que em comemora oito anos de vida a dois.
Eles se casaram em 2019 e descobriram agora que a família vai crescer: Ana Carolina está grávida do primeiro bebê do casal. Flávio acredita que há uma certa resistência contra a ideia de relacionamentos que começam pelo aplicativo. "Quando conto nossa história, percebo que as pessoas julgam um pouco, não levam muito a sério. Mas é um meio como qualquer outro para conhecer alguém."
A SINTONIA É BOA
A jornalista Carolina Sibila, 37 anos, e o empresário Marcelo Ortiz, 43, também se conheceram pelo Tinder e, após bastante conversa online, resolveram se encontrar pessoalmente. "Desde o primeiro encontro, nossa química foi instantânea e, ao longo do tempo, fui percebendo que temos muito em comum", conta Carolina, que tem um filho de 12 anos de outro relacionamento. Desde então, já se passaram oito anos e eles seguem no namoro, morando em casas separadas, cada um com sua família.
Eles comentam que, "pelo que ou vimos das experiências de outros casais, nosso relacionamento não cai na rotina. Por conta da correria do dia a dia, estamos mais juntos aos finais de semana, que é exatamente quando conseguimos deixar os problemas de lado e curtir a companhia um do outro". Questionados sobre o que os impede de casar ou morar juntos, eles revelam que vários fatores tiveram prioridade nesses anos. Mas adiantam: "agora que tudo está se alinhando, os planos já começaram a mudar".
DISTÂNCIA NÃO É UM PROBLEMA
Não foi a proximidade física que fez a médica veterinária Rafaela de Araujo Folha, 28 anos, e o engenheiro mecânico Fábio Akiyoshi Campos Mitsuda, 33, se interessarem um pelo outro. Eles sabiam que moravam longe, ele em Campinas e ela em Rio das Pedras, mas o papo entre os dois era tão bom que não paravam de conversar. "Foi depois de um mês que estávamos nos falando que ele veio até minha cidade e fomos a um barzinho local. Como era época de flexibilização da pandemia, o lugar fechava cedo, então, ficamos pouco tempo juntos, mas foi suficiente para confirmar a paixão,o amor", conta Rafaela.
Para a veterinária, é bastante vantajoso conhecer alguém pelo aplicativo. "Acho que depende da personalidade de cada um, mas para pessoas tímidas é a melhor opção. Desde o primeiro encontro, três anos atrás, os dois se tornaram inseparáveis e melhores amigos, para além de namorados. Um ano depois, desistiram de contornar a distância de 80 quilômetros que os separavam e decidiram morar juntos em Campinas. Para isso, precisaram juntar no mesmo lar os "filhos de quatro patas". Fábio já tinha Doguinho e Rafaela tinha Amora, que, como os tutores, se tornaram inseparáveis.
Siga o perfil do Correio Popular no Instagram.