Curta de alunos da Unicamp é selecionado para Cannes

O curta metragem “À Meia Vista”, que integra a 4ª Edição e a Edição Especial do Programa Aluno-Artista, foi selecionado para a mostra do Short Film Corner, que acontece de 13 a 24 de maio, em Cannes, França. A aluna-artista Priscila Souza de Oliveira, proponente do projeto e diretora do curta, e o produtor Pedro de Araújo Nogueira Tinen vão representar a equipe no Festival. Ela é mestranda do Arte em Cena, formada pelo Curso de Midialogia, e ele é aluno do 5º ano do Curso de Midialogia do Instituto de Artes da Unicamp. “O Festival tem reconhecimento internacional e abre as possibilidades de interação com grandes profissionais, instituições e representantes internacionais do meio cinematográfico”, disse o produtor Pedro de Araújo em entrevista ao Serviço de Apoio ao Estudante (SAE), da Unicamp. “Foi o primeiro festival que inscrevemos o filme e foi uma grata surpresa”, completa.O filme, de 23 minutos, foi rodado em Águas da Prata, cidade do Circuito das Águas paulistano, na casa do avô de um dos integrantes. “Durante quatro dias ficamos instalados nas casas da Dona Ana Prezia e do pai dela, que é avô do Franco, em Águas da Prata. Ela nos mostrou a cidade, o comércio, as praças, as cachoeiras. É uma cidade muito bonita”, explica. A equipe técnica tem 23 integrantes e o elenco tem quatro pessoas. Ao final, o curta ficou pronto em oito meses. Para a sua execução, contou com a colaboração de várias parcerias: o SAE subsidiou o projeto com a infraestrutura de R$ 3.000,00 e bolsas aluno-artista, durante oito meses, para os dois proponentes. O Estúdio Quanta, de SP, cujos equipamentos foram alocados deram um desconto que possibilitou deslocar os equipamentos adequados para a gravação. A RTV contribuiu com empréstimo de um estabilizador de câmera e o Instituto de Artes apoiou com equipamento de fotografia, do Curso de Midialogia.“A Meia Vista” aborda a história de uma costureira que mantém sozinha dois filhos e uma neta. As relações familiares em atrito trazem um espaço de convivência no qual não há um conflito evidente, mas acontece o afastamento dos relacionamentos pessoais. A rotina maçante da costureira, representada pela atriz Estella Vilela, a faz uma pessoa solitária e confusa, mas a perda da visão a faz entrar em mundo subjetivo e até então esquecido.