Cultura afro-brasileira e força feminina são temas de animação

O mito sobre o começo do mundo, segundo a cultura afro-brasileira, é o cerne da animação “Oxum — Osun: O poder feminino”. O filme será lançado hoje, às 19h30, no canal do YouTube da Primavera Filmes (produtora da obra), onde ficará disponível por 48 horas, e também vai ganhar uma exibição gratuita e aberta ao público no Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas no dia 3 de julho, também às 19h30. 

A animação conta a história de Oxum, orixá que representa a força e a determinação femininas. No início da criação do mundo, a divindade que é uma iabá (orixá feminina) não teria aceitado a atitude machista dos borós (orixás masculinos), que após chegarem à Terra excluíam as iabás das reuniões. De acordo com a crença da cultura afro-brasileira, Oxum decide ensinar uma lição para os borós, deixando claro o tamanho de sua força e a importância de sua opinião. 

Segundo a diretora geral do projeto, Célia Harumi, a obra valoriza a cultura afro-brasileira por meio de elementos lúdicos. “Os recursos audiovisuais, que encantam por natureza, ajudam a evidenciar a riqueza estética africana e dão forma às visões originais e criativas da mitologia afro-brasileira”, reforça. 

O filme foi realizado pela Primavera Filmes, produtora de Campinas, em parceria com a Fazenda Produções Culturais e recebeu financiamento do Fundo de Investimentos Culturais de Campinas (FICC).

“Oxum – Osun: O poder feminino” faz parte do Projeto Animafro, uma iniciativa que busca difundir histórias de mitos afro-brasileiros a partir da animação em stop motion, o quadro a quadro. Assim, o projeto explora um tema pouco explorado na animação e busca contribuir para uma educação voltada à tolerância religiosa e à diversidade cultural brasileira. 

O Animafro também prevê a distribuição gratuita de um livreto, com o mesmo título do filme, voltado para o público infanto-juvenil, para entidades culturais e privadas sem fins lucrativos e bibliotecas públicas. A obra, inspirada em “Oxum – Osun: O poder feminino”, foi escrita por Cristina Astolfi Carvalho, traz informações do projeto, além de outros conteúdos educativos e informativos sobre o tema da animação.

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