'maryákoré'

Consuelo de Paula lança novo cd em Barão Geraldo

A cantora e compositora mineira Consuelo de Paula faz show de pré-lançamento de seu novo CD, Maryákoré, nesta sexta-feira, no Centro Cultural Casarão

Da Agência Anhanguera
11/10/2019 às 11:07.
Atualizado em 30/03/2022 às 11:11

A cantora e compositora mineira Consuelo de Paula faz show de pré-lançamento de seu novo CD, Maryákoré, nesta sexta-feira, no Centro Cultural Casarão, em Barão Geraldo, integrando a programação do projeto Primavera da Canção. Consuelo (voz, violão e percussão), acompanhada por Carlinhos Ferreira (percussão), interpreta, além do repertório de Maryákoré, o catimbó Tupinambá (domínio público), um canto dos índios Kiriris e músicas dos seus discos anrteriores que ‘conversam’ esteticametne com o novo trabalho. O cenário do show, criado por Marli Wunder e Alik Wunder, coloca o som de Consuelo de Paula e Maryákoré em sintonia com o charme do Casarão. O projeto Primavera da Canção, realizado toda sexta-feira de outubro, tem por objetivo mostrar a diversidade e riqueza da música brasileira, com entrada franca. Com curadoria do violeiro João Arruda, o espaço abriu dia 4, com show de Lucina e Bené Fontelles. Hoje o palco é ocupado por Consuelo de Paula. Nas próximas edições os show são com Paulo Ohana, João Arruda e Déa Trancoso. O evento tem o apoio da Secretaria Municipal de Cultura. Maryákoré, segundo Consuelo, “é uma obra provocadora com o que há de mais feminino, negro e indígena em nós mesmos”. Este é o sétimo disco da carreira da artista. O título pode ser entendido como uma nova assinatura de Consuelo de Paula: maryá (Maria é seu primeiro nome), koré (flecha na língua paresi-haliti, família Aruak), oré (nós em tupi-guarani) e Yakoré (nome próprio africano). Além de assinar letras e músicas - tendo apenas duas parcerias, uma com Déa Trancoso e outra com Rafael Altério -, Consuelo é responsável pela direção, arranjos, todos os violões e por algumas percussões do álbum (caixa do divino, cincerro, unhas de lhama, entre outros). A harmonia entre Consuelo e sua música, sua poesia, sua expressão e a estética apresentada é nítida nesse CD. Ao interpretar letras carregadas de imagens e sensações, ao dedilhar os ritmos que passam por Minas Gerais e pelos sons dos diversos “brasis”, notamos a artista imersa em sua história: ela traz a vida e a arte integrada às canções. “Desde o nome, este trabalho traduz uma arte guerreira e amorosa, que se alimenta da força dos ventos, das brisas e das tempestades; nasceu entre o dia e a noite, entre a cidade e as matas, entre raios e trovões”, diz Consuelo. Essas energias, movimentos e gestos de amor e de luta, estão condensados nas músicas, nos arranjos e na voz da cantora e compositora, de modo a reafirmar a fisionomia vigorosa de uma artista inquieta, de expressividade singular e força criativa que se renova a cada trabalho. O violão é seu instrumento de composição que, nesse trabalho, revela-se também, de maneira ousada e criativa, como parte de seu corpo; e como koré provoca as composições ao mesmo tempo em que comanda e orienta os ritmos que dão originalidade à obra. Consuelo gravou juntos o violão e a voz, ao vivo, no estúdio Dançapé do músico Mário Gil, transpondo para o disco a naturalidade e a energia original das canções. Um desafio que pode ser conferido em cada uma das dez faixas: ora o violão silencia as cordas para servir de tambor, ora se ausenta para deixar fluir a voz à capela; em outros momentos as cordas produzem somente um pizzicato para acompanhar o movimento da melodia; e, às vezes, soa como percussão e instrumento harmônico. Tudo ao mesmo tempo. Além do violão, um piano e vários instrumentos percussivos compõem a sonoridade de Maryákoré. Consuelo conta com o percussionista Carlinhos Ferreira para produzir paisagens e novos sons com instrumentos criados por ele, como goopchandra com arco, flautas de tubos, rabeca de lata, tambor de mar, gungas de sementes e outros. O piano de Guilherme Ribeiro enriquece esse cenário ao fazer destacar na obra, utilizando suavidade e desenhos sonoros, os contrastes imaginados por Consuelo. O CD é apresentado em dois movimentos. “São gestos, ventos que impulsionam ciclos, lutas internas e externas que foram trazendo o disco e apontando o rumo das canções”, revela Consuelo. Maryákoré é uma guerreira em meio às batalhas cotidianas pela vida e pela arte, é uma obra-síntese da dedicação da artista, de sua fina sensibilidade musical, poética e social. Àlbum está disponível em todas as plataformas digitais. AGENDE-SE O quê: Consuelo de Paula – pré-lançamento do CD Maryákoré – Projeto Primavera da Canção Quando: Hoje (11), às 20h Onde: Centro Cultural Casarão (Rua Maria R. S. Reginato, s/nº, Barão Geraldo) Quanto: Contribuição espontânea no chapéu (ingressos distribuídos uma hora antes da apresentação)

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