SERÍ(E)SSIMA

Conheça de perto 'Mr. Robot': um 'cyber-thriller' psicológico

A série produzida pela NBC Universal e estrelado por Rami Malek ('Uma Noite no Museu') estreou nos EUA, canal no USA Network, no dia 26 de junho

Fábio Trindade
fabio.silveira@rac.com.br
16/07/2015 às 21:52.
Atualizado em 28/04/2022 às 16:56

Os leitores da Serí(e)ssima certamente notaram que, merecidamente, diga-se de passagem, este quem vos fala estava em férias. E, só para constar, elas foram excelentes. Diversos motivos colaboraram para isso. O primeiro é que pude sair para aproveitar o mês de descanso sem qualquer preocupação, pois sabia que este espaço, tão querido, ficaria nas mãos da amiga e editora Lalá Ruiz.O segundo motivo é que todos os dias destas esperadas férias foram preenchidos por uma incrível viagem, que teve como destino final a vibrante Nova York. E, foi justamente lá, no dia 2 de julho, que mais uma situação colaborou para a coroação deste excelente período que passei.Que a Big Apple é cenário das mais diversas produções audiovisuais, isso não é novidade, mas dar de cara com a gravação de uma série em plena Times Square, isso é para deixar qualquer amante do gênero, principalmente um que é jornalista e escreve sobre o assunto, enlouquecido. Pois é, caros leitores, eu posso ter me desligado por quatro domingos das séries, mas elas me seguem onde quer que eu vá. E retornar das férias e para a coluna para contar essa experiência é muito bom.A bola da vez, no caso, foi a novíssima Mr. Robot, um “cyber-thriller” psicológico produzido pela NBC Universal e estrelado por Rami Malek (Uma Noite no Museu e as séries The Pacific e The War at Home). A série estreou nos EUA, no USA Network, no dia 26 de junho – o terceiro episódio foi ao ar na última quarta-feira – e mostra a vida de Elliot Alderson (Malek), um jovem de Nova York que se resume como um engenheiro de segurança de dia e um hacker vigilante à noite. Mas a realidade não é bem assim.Elliot é quase um lunático, regado a morfinas e medicamentos pesados, que anda de metrô e tem uma vida miserável. Fala sozinho, tem dificuldade para separar ilusão de realidade e passa a vida bisbilhotando a vida dos outros, seja por pura curiosidade, seja para proteger (do jeito dele) pessoas que gosta, como a melhor amiga Angela (Portia Doubleday) e a psicóloga Krista (Gloria Reuben), ou mesmo para detonar e mandar para a cadeia contrabandistas, pedófilos e adúlteros.Sua vida muda quando ele é desafiado pelo misterioso Mr. Robot (Christian Slater, muito bem, aliás), mentor de uma rede de hackers chamada F Society, a derrubar um dos maiores conglomerados financeiros dos Estados Unidos – a Evil Corp. Um grupo, por sinal, que é cliente da empresa de segurança cibernética em que Elliot trabalha. Segundo o Mr. Robot, 70% de todas as dívidas da sociedade são cobradas pela Evil Corp e, caso eles conseguissem derrubá-los, o país recomeçaria do zero, sem dívidas e sem ter sua vida e seu dinheiro controlados pelos poderosos.Por mais difícil que possa parecer, boa parte da Times Square, no dia 2 de julho, à noite, foi fechada para a equipe de Mr. Robot rodar o nono (e penúltimo) episódio – uma gigantesca manifestação a favor da F Society. Até o dia da gravação, apenas dois episódios tinham ido ao ar e, na história, a organização ainda era um segredo muito bem guardado. Eles, aos poucos, estavam conseguindo se infiltrar na Evil Corp, mas de forma completamente anônima.Tudo o que acontecia nas gravações era visível aos inúmeros turistas que passavam por ali e fotos eram permitidas, desde que sem flash. Avisos por toda a área, entretanto, indicavam que ali estavam acontecendo filmagens da série e que, se você estivesse naquela área, concordava em, possivelmente, aparecer na série, liberando a sua imagem para a produtora. As gravações daquele dia deixaram claro que, no decorrer da trama, os planos de Mr. Robot, Elliot e companhia serão escancarados de alguma forma e que, parte da sociedade, irá apoiá-los. Cartazes com “F Society para presidente”, “abaixo aos débitos” e “nós finalmente acordamos” davam o tom da manifestação, enquanto uma mulher e uma criança (ainda não apresentados na trama) tentavam passar pelos manifestantes.A série recebeu ótimas críticas da mídia especializada americana, sendo considerada por alguns como a melhor série cyber dos últimos tempos. E realmente o enredo é poderoso, muito diferente, por exemplo, de CSI. Cyber, que se mostrou extremamente cafona. Aqui, as discussões cibernéticas são mais aprofundadas e as tramas paralelas pesadas e bem desenvolvidas. Bom, para fechar a Times Square em plena semana do feriado de 4 de julho, dá para ver que investimento na trama não falta. Só para ressaltar o quão sortudo sou, esta não foi a primeira vez que me deparei com uma importante gravação durante as férias. No ano passado, na Áustria, pude assistir, de camarote, Helen Mirren e Ryan Reynolds rodar o longa-metragem A Dama Dourada (Woman in Gold), do cineasta britânico Simon Curtis (Sete Dias com Merilyn). O filme já estreou nos Estados Unidos (estava até disponível no catálogo do voo de volta ao Brasil) e deve chegar nos cinemas nacionais no mês que vem. Mr. Robot, por outro lado, ainda não tem previsão de estreia no Brasil, mas como a série é boa, e já foi até renovada para a 2ª temporada, logo pinta nas nossas telinhas. Fico apenas ansioso para saber o que, por sorte, vou acompanhar no ano que vem para, assim, poder contar aqui para vocês. Aguardemos.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Anuncie
(19) 3736-3085
comercial@rac.com.br
Fale Conosco
(19) 3772-8000
Central do Assinante
(19) 3736-3200
WhatsApp
(19) 9 9998-9902
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por