Anitta durante apresentação no Palco Mundo do Rock in Rio Lisboa (Divulgação)
O último dia do Rock in Rio Lisboa fez o público dançar e rebolar no Parque da Bela Vista, na capital portuguesa. O público de 80 mil pessoas - único dia em que esgotaram os ingressos do festival - se movimentou ao som da voz de Anitta, que brilhou no Palco Mundo, o principal do evento.
Durante o show de 1h10, a cantora brasileira mostrou que também é popstar em terras lusitanas. O repertório manteve a plateia animada: desde a abertura com "Onda Diferente", até os sucessos "Sua Cara" e "Boys don't cry". Com "Girl from Rio" e os acordes de "Garota de Ipanema", a estrela reduziu, por um momento, o ritmo da festa, enquanto os fãs iluminavam o local com celulares. Mas ela acelerou-o novamente com "Combatchy". Aclamada, Anitta encerrou a performance voltando às origens com "Show das Poderosas" e fechou a apresentação com um gosto de "quero mais".
Antes do show, a brasileira conversou com os jornalistas e fez alguns comentários sobre a Amazônia brasileira. "É uma grande terra de ninguém, uma grande bagunça. Lá acontece de tudo, ninguém vê nada. É algo que precisa de atenção e realmente quem se expõe para falar acaba morto, acaba com a família torturada, tomando um 'cala boca' de algum jeito", enfatizou, alguns dias após serem encontrados os corpos do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira na região. "É o grande tesouro do nosso país e as pessoas tratam como um grande nada. Isso é inaceitável", apontou.
Do Brasil e com o Brasil como destino
Mas não foi a a brasileira quem fechou a noite de encerramento do Rock in Rio Lisboa. O papel coube para o rapper Post Malone, que também está confirmado para o Rock in Rio no Brasil, em setembro. Irreverente, ele ficou sozinho no palco, sem dançarinos ou banda e, fora algumas pirotecnias ocasionais, dominou a plateia apenas com sua presença e música. Entre os sucessos, o cantor apresentou "Wow", "Better Now" e "Sunflower".
Mais cedo, no domingo, o cantor pernambucano Johnny Hooker também tocou para o público do festival no palco Rock Your Street. A apresentação começou e terminou emocionante. No início, ele homenageou os mortos por Covid ao citar o falecimento de um amigo de 35 anos. "Ninguém vai poder, querer nos dizer como amar. E flutua, flutua", cantou ao fim o artista, emocionado, embalando casais.
Ney reverenciado e banda de Campinas
No sábado, a música do festival não parou, mas tocou num tom diferente: foi a vez da nostalgia dos anos 1980 com os shows do A-ha e Duran Duran no Palco Mundo. Enquanto o primeiro levantou o público com "Take on Me", que corria para a frente acompanhar a música, o segundo apostou em diversos hits marcantes do período, como "Save a Prayer", "Come Undone", "Rio" e "Hungry Like the Wolf".
Em show animadíssimo no palco Galp Music Valley, Ney Matogrosso foi ovacionado carinhosamente com diversos "Ney, eu te amo". Performando e dançando por todo o palco, ele tocou por 1h10 a apresentação da turnê Bloco na Rua, que já passou por Campinas. Com "Sangue Latino", música originalmente dos Secos e Molhados, "Iolanda", de Chico Buarque, e "Ponta do Lápis", o artista brasileiro colocou a plateia para cantar junto, encerrando com "Poema" e "Ex-amor".
E não faltou energia para a banda campineira Francisco, el Hombre. O grupo formado em 2013 em Barão Geraldo tocou o sucesso "Triste, Louca ou Má" e ensinou coreografias para o público que dançou muito ao som de "Chão Teto Parede: pegando fogo" e da nova canção "Arranca a cabeça do rei", lançada no evento.
