Trupe da Cia do Circo com o jurado Thierry Outrilla (Divulgação)
Único grupo campineiro a participar do 1st Cirque Internacional Festival of Brazil Contest, realizado de 2 a 6 de maio em São Paulo, a campineira Cia do Circo surpreendeu. Convidada para fazer a abertura do evento, a companhia voltou do festival com premiações de melhor número, dadas por dois jurados. "Fomos fazer a abertura, sem concorrer. E na noite da premiação levamos um susto. Quando o jurado anunciou o prêmio, ninguém da equipe levantou. Ficamos olhando um para a cara do outro, sem entender o que acontecia. Levou um tempo para cair a ficha, foi incrível" , diz Claudia Orteney, diretora da Cia do Circo junto com o marido Alex Brede, ambos de tradicionais famílias circenses. Os jurados que escolheram a Cia do Circo foram Peter Dubinsky, dos Estados Unidos, diretor artístico da Firebird, que produz shows para Walt Disney World; e Thierry Outrilla, da França, diretor artístico do famoso Parisian Cabaret, em Paris. O número que encantou os jurados foi uma espécie de pout-pourri do que era apresentado em circos convencionais. "Meu marido seguiu uma linha tradicional. Minha família tem 250 anos de tradição em circo, somos a oitava geração. Antigamente era comum começar o espetáculo com número similar ao que apresentamos no festival, com muitos saltos, mulheres penduradas em cordas" , conta Claudia. O Ouro do festival internacional ficou para a Troupe de Xinjiang, da China, e os troféus Bronze foram para Ucrânia, Mongólia e Rússia. Já as três premiações com o Prata foram para brasileiros: Pepe Jardim com Comédia Física; Marcella Ribeiro e Olavo Rocha Muniz com Porto Coreano, e Alan Pagnota e Rafael Ferreira da Dupla Mão na Roda. O festival foi criado em 1974 pelo Príncipe Rainier III com o nome de Monte-Carlo International Circus Festival. Desde 2006 é presidido pelaPrincesa Stéphanie de Mônaco.