no Sesc Campinas

Carlos Malta e Pife Muderno fazem show homenageando Gilberto Gil

Artistas fazem show tributo ao músico baiano usando os pífanos para rever todas as fases da obra de Gil

Cibele Vieira
15/09/2022 às 14:23.
Atualizado em 15/09/2022 às 14:24
Músicos do grupo Pife Muderno sobem ao palco do Sesc Campinas na noite de hoje para encantar o público com as canções de Gilberto Gil (Maria Mazzillo)

Músicos do grupo Pife Muderno sobem ao palco do Sesc Campinas na noite de hoje para encantar o público com as canções de Gilberto Gil (Maria Mazzillo)

Gilberto Gil completou 80 anos em junho e seu álbum "Expresso 2222", um marco na Música Popular Brasileira, completa 50 anos. Influenciado pelo álbum e pelo cantor, o músico carioca Carlos Alberto Daltro Malta resolveu homenagear o baiano, regravando o álbum. Mas Carlos Malta e o grupo Pife Muderno foram muito além de um simples tributo, pois produziram um projeto abrangendo todas as fases da obra de Gil. Esse trabalho pode ser visto no show que terá apresentação única em Campinas, quinta-feira, às 20h, no Galpão Multiuso do Sesc.

A música de Gilberto Gil permeia a memória afetiva de Carlos Malta, que ainda criança foi arrebatado por suas composições e chegou a tocar na banda do cantor baiano entre 2000 e 2005. Malta relembra os efeitos provocados pelo disco "Expresso 2222", meio século depois da gravação, em 1972, logo após o retorno de Gil do exílio: "senti a importância dessa abertura feita pelos pífanos e fui procurar saber mais sobre o assunto. Descobri Mestre Vitalino e a cultura do pífano brasileiro. Senti que naquele LP estava o mapa de minha jornada nesta vida. Comecei a tocar flauta e me tornei um músico inspirado pelas canções do Brasil. Gil foi meu primeiro timoneiro, sempre levando sua obra a novos mares, me revelando outros ares". 

E ele não poderia navegar por mares mais propícios. Antes de Gilberto Gil, foram 12 anos tocando com Hermeto Pascoal. Portanto, ninguém mais apropriado do que Carlos Malta e o Pife Muderno para realizar um tributo reforçado, que se estende a quatro discos, dez músicas em cada, abrangendo seis décadas da obra multifacetada de Gilberto Passos Gil Moreira, iniciada em 1962, ainda em Salvador, quando Carlos Malta tinha apenas dois anos. "Carlos Malta e Pife Muderno em Gil" é o título do projeto, que já está disponível nas plataformas de música e teve participação ativa de Gilberto Gil.

Som potente e único 

O Pife Muderno é formado por Carlos Malta, Andrea Ernest Dias (flautas), Marcos Suzano (pandeiro, percussões eletrônicas), Durval Pereira (zabumba) e Bernardo Aguiar (pandeiro e percussão). O grupo - com 28 anos de carreira e três álbuns lançados - é inspirado nas tradicionais bandas de pífano do Nordeste. Com direção musical e arranjos de Carlos Malta, o novo álbum soma 40 faixas que foram gravadas entre outubro de 2021 e maio de 2022. Estas foram as últimas gravações do baterista Oscar Bolão, um mestre no instrumento, falecido em fevereiro deste ano. 

Malta desenvolveu uma nova leitura para a performance das bandas de pífano, criando um som potente e único, com elementos da tradição e linguagens contemporâneas, do tribal ao urbano, criando um diálogo sem fronteiras, moldando a raiz indígena/nordestina à voz original de um conjunto camerístico brasileiro, moderno e popular. Esse estilo poderá ser conferido no show desta quinta, que terá uma hora e meia de duração e apresentará um trabalho instrumental em clássicos como "Andar com Fé", "Aqui e Agora", "Refazenda", "Back in Bahia" e "Aquele Abraço".

PROGRAME-SE

Show "Carlos Malta e Pife Muderno em Gil"

Quando: quinta-feira, 15/09, das 20h às 22h

Onde: Galpão Multiuso do Sesc Campinas - Rua Dom José I, 270/333, Bonfim

Ingressos: entre R$ 9,00 e R$ 30,00 

Informações: www.sescsp.org.br/campinas ou Instagram: @pife_muderno

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