Drama policial sci-fi estreia no próximo dia 28, com produção J.J. Abrams, o criador de 'Lost'
O ano é 2048. O cenário futurista é caótico. Uma época dominada pela marginalidade, com organizações criminosas em poder de drogas e armas desenvolvidas graças a tecnologias ultra-avançadas. A única forma de enfrentar tamanha ameaça é aproveitar dos mesmos recursos científicos para criar um armamento à altura. No caso, androides de combate. Com isso, cada policial deve, obrigatoriamente, ter como parceiro um Sintético, forma como esses robôs são conhecidos. A versão atual das máquinas é chamada MX, uma programação baseada exclusivamente na razão, na lógica. Uma atualização da versão anterior, os DRN, construídos para ser o mais parecido possível com os humanos. Ou seja, pensavam, usavam a intuição e, obviamente, eram movidos muitas vezes pela emoção. Não deu certo.Na verdade, para o detetive John Kennex, personagem de Karl Urban ('O Senhor dos Anéis' e 'Star Trek'), nenhum Sintético presta. Não para ser seu parceiro, pelo menos. O motivo: durante uma ação liderada por ele, o grupo de policiais cai numa emboscada e, ao pedir ajuda para um MX para salvar um colega, o androide checa que ele não tem mais chances de sobreviver, avaliando em números que outros policiais merecem mais ajuda e vai embora. No final, todos que participaram da ação são mortos, com exceção de Kennex — ele perde uma perna, fica 17 meses em coma e agora usa da mesma tecnologia dos sintéticos para andar.Tudo isso é apresentado logo no primeiro episódio da nova série da Warner, 'Almost Human', criação e roteiro de J.H. Wyman, o mesmo de 'Fringe', e produção de ninguém menos do que J.J. Abrams, o criador de 'Lost' e diretor sensação do momento em Hollywood. Com estreia no dia 28 de novembro, às 22h25, esse drama policial sci-fi traz — pelo menos no piloto — efeitos e cenas de ação impressionantes, algo que provavelmente será reduzido ao longo da trama por ser uma série de TV com muitos episódios. Do contrário, haja grana. InícioO ponto de partida é justamente a emboscada, mas toda a trama acontece dois anos depois, quando Kennex recorre a uma clínica clandestina, localizada num submundo cheio de neon, para tentar reviver a memória e entender quem armou para ele. De volta à polícia, Kennex só pode sair para ronda com um Sintético mas, logo no primeiro dia, se desentende com o MX e o empurra para fora do carro, sendo destruído pelos veículos que ainda não voam. Sem androides em estoque, a única forma para continuar combatendo o crime — já que um novo ataque semelhante ao de dois anos atrás novamente atormenta a polícia — é buscar um parceiro no “arquivo”.Surge então Dorian, vivido por Michael Ealy ('Common Law' e 'Sete Vidas'), um robô DRN que odeia ser chamado de Sintético. Como ele mesmo diz, não veio de um útero, mas tem alma. E é esse temperamento difícil que dá o ótimo tom da série.Claro que um conflito amoroso não ficaria de fora, principalmente em se tratando de um protagonista solitário e cheio de rancor. No caso, uma ex-namorada (Mekia Cox) ronda os pensamentos do detetive e promete criar um conflito ainda maior na cabeça de Kennex e na própria polícia. É esperar para ver.