orgulho e paixão

Campineira integra elenco de novela global

Convidada para viver a sonhadora Cecília em Orgulho e Paixão, ela não hesitou em voltar para a casa que a revelou. Estamos sempre em movimento e acredito que o que realmente importa é o quanto colocamos nossos corações no que estamos fazendo, afirma

Da Agência Anhanguera
16/04/2018 às 10:29.
Atualizado em 23/04/2022 às 15:47
Anaju começou cedo: participou de concursos de beleza e comerciais (Divulgação)

Anaju começou cedo: participou de concursos de beleza e comerciais (Divulgação)

Aos 23 anos, Anajú Dorigon revela uma maturidade incomum. A paulistana de Campinas começou a carreira muito cedo: aos três anos já estrelava comerciais de tevê. Talvez, venha daí a sabedoria para falar sobre seus passos na TV. Após estrear como a vilã Jade na temporada de 2014 de Malhação, a atriz não encontrou bons papéis na Globo. Por isso, no ano passado, foi atrás de novos caminhos e migrou de emissora. Em Belaventura, ela deu vida à mocinha Dulce. Convidada para viver a sonhadora Cecília em Orgulho e Paixão, ela não hesitou em voltar para a casa que a revelou. “Estamos sempre em movimento e acredito que o que realmente importa é o quanto colocamos nossos corações no que estamos fazendo”, afirma. Na trama de Marcos Bernstein, Cecília é filha da matriarca Ofélia e vive confortavelmente ao lado de suas irmãs Elisabeta, Jane, Mariana e Lídia, vividas por Nathalia Dill, Pâmela Tomé, Chandelly Braz e Bruna Griphão. “Imagina eu, filha única, com esse tanto de irmã. Está sendo a melhor coisa do mundo.” Ambientada em 1910, a história é inspirada nos livros de Jane Austen, que já no Século 17 escrevia sobre as mulheres, suas forças, suas fraquezas e suas relações. “Ela era incrível. Uma mulher à frente do seu tempo. Para mim é uma honra fazer uma personagem pensada por aquela cabeça”, diz. Das irmãs, Cecília é a que tem o lado lúdico mais aflorado. É fã de literatura e está sempre acompanhada de um livro e de seus óculos. “Ela mexe muito com o criativo, com a fantasia. Acho que é importante resgatar esses valores que foram perdidos com o advento do celular.” Além de ler os livros de Austen e outros tantos, Anajú fez um extenso trabalho de preparação para viver Cecília. “Tive de me encaixar na forma de falar, nos trejeitos, em como andar…”, enumera. Por isso, o figurino foi peça fundamental para que ela encontrasse os ares da época. “Fico pensando em um monte de coisas para construir e quando coloco as roupas, tudo se torna real”, afirma. Segundo ela, é importante viver uma mocinha tão apaixonada pela literatura e tão sonhadora para “limpar” o registro que as pessoas tinham de Jade, sua primeira personagem na Globo. “Acho que é normal essa associação e ela vai vir sempre, já que Malhação foi minha porta de entrada. Por isso acho tão fundamental entrar no clima da personagem”, diz. Segundo ela, também foi importante o contato com as atrizes que interpretam suas irmãs em Orgulho e Paixão. Para as cenas do folhetim das seis, elas viajaram para cidades do Rio de Janeiro e Minas Gerais. “Foi absolutamente necessário. Construiu nossa relação de dentro para fora. A gente se uniu, se conheceu, se entendeu e isso com certeza reflete nas câmaras”, avalia. Cecília também passa por uma grande transformação ao sair de casa após se casar com Rômulo, interpretado por Marcos Pitombo. “Na nova família, ela vai descobrir coisas que vão fazer com que sofra muito. Mas estou muito animada porque nunca fiz nada que tenha tanto suspense e mistério.” Anajú Dorigon fez um caminho muito comum para aspirantes a atriz. O começo foi cedo, na publicidade. Depois, ela participou de concursos de beleza no Brasil e em toda a América do Sul. “Não seria quem sou hoje sem essa experiência. Aprendi muito sobre outras culturas e sobre mim. As portas foram se abrindo e eu fui sendo guiada”, aponta. Os caminhos a levaram para cursos de atuação e de cinema, pequenas participações até chegar ao seu début em Malhação. “Já tinha uma boa convicção do que eu queria, depois disso foi só certeza.” Além de Orgulho e Paixão, Anajú está no elenco de Jesus de Nazareth, filme rodado em espanhol. A atriz conta que foi convidada para participar da trama na pele de Marta, protagonista do longa ao lado de personagens famosas como Maria e Maria Madalena. “Foi um sonho, nem consigo colocar em palavras. Independentemente da crença de cada um, contar uma história tão importante na vida das pessoas é um marco”, diz. Para a produção, que deve estrear no segundo semestre, ela gravou cenas na Espanha. “A sorte é que eu já arranhava o espanhol.”

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