EM ABRIL

Campinas Fest in Blues trará grandes nomes à cidade

A 22 dias do início, o evento vem agitando as redes sociais com o alto nível da programação

Marita Siqueira
19/03/2014 às 09:00.
Atualizado em 24/04/2022 às 14:44
O músico norte-americano Eric Sardinas faz show na Pedreira ( Divulgação)

O músico norte-americano Eric Sardinas faz show na Pedreira ( Divulgação)

Nos anos 80 e 90, os festivais de blues faziam parte da agenda cultural de Campinas. Depois de um tempo de iniciativas esparsar, uma notícia pegou os bluseiros da cidade de surpresa: o Campinas Fest in Blues, que ocorre de 11 a 27 de abril, com expectativa de atrair 15 mil pessoas. A 22 dias do início, o evento vem agitando as redes sociais com o alto nível da programação que terá shows de artistas locais como Paulo Gazela e Marcel Ziul, nacionais (Blues Etílicos, André Christovam e Adriano Grineberg, entre outros) e internacionais inéditos por aqui.   No caso, o guitarrista americano Eric Sardinas, que abre a agenda de shows na Pedreira do Chapadão, e Mud Morganfield, filho do lendário Muddy Watters, que fecha o evento com chave de ouro na Concha Acústica do Taquaral, ambos com entrada franca.   Além de música, o Campinas Fest in Blues terá exposição de caricaturas de bluseiros, lançamento de HQ, encontro de colecionadores de discos de blues, workshop de guitarra e workshow sobre a história do gênero. O Fest in Blues é fruto de parceria entre o Almanaque Café e a Secretaria de Cultura. Esta última oferece gratuitamente os shows de Sardinas e Morganfield, enquanto o bar, em Barão Geraldo, acolhe a maior parte das atividades, com entrada cobrada. A Estação Cultura Antônio da Costa Santos, a Escola de Música e Tecnologia (EM&T) e a loja de discos Riva Rock também participam.   O objetivo, segundo Tiago Pallone, que responde pela curadoria ao lado de Caco Piccoli e Paulo Gazela, é o de colocar a cidade no circuito de festivais de blues que acontecem em todo o País e ajudar na formação de público e desenvolvimento do cenário musical na região. “Focamos na formação de público. Queremos ativar o interesse das pessoas pelo blues e alimentá-las com boa música. Campinas teve um movimento forte, mas o espaço foi ficando cada vez melhor. Precisa voltar ao circuito”, afirma Pallone. Em breve análise, o secretário de Cultura, Ney Carrasco, músico por formação, relembrou o tempo áureo do blues e também do jazz na cidade para ressaltar a importância desse maratona bluseira. “Campinas teve uma vida intensa de blues e jazz na década de 80. Ao longo dos anos, infelizmente perdeu força, apesar de ter ótimos instrumentistas. Devemos fomentar esse tipo de evento, tanto para os artistas quanto público que, assim como o de samba, de sertanejo, de rock, deve ser atendido”, diz.   A sugestão de utilizar a Pedreira, reinaugurada dia 15 de dezembro, partiu de Carrasco. “É um excelente espaço para shows, além de ser um lugar muito bonito. Desde que foi inaugurada e a praça revitalizada, tenho vontade de levar para lá shows de blues e de jazz. Rock pesado, por exemplo, não seria possível, pois o espaço pede um som mais calmo por causa da vizinhança e um público mais tranquilo.”

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