NO CIRCUITO

Campinas exibirá filmes da Mostra Internacional de Cinema

A 39ª edição do evento cinematográfico de São Paulo vai acontecer entre os dias 22 de outubro a 4 de novembro: 2 mostras acontecerão na cidade

João Nunes/Especial para o Correio Popular
10/10/2015 às 19:02.
Atualizado em 23/04/2022 às 04:05
Longa 'Dheepan', vencedor de Cannes, também integra a programação (DIVULGAÇÃO)

Longa 'Dheepan', vencedor de Cannes, também integra a programação (DIVULGAÇÃO)

A 39ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que acontece de 22 de outubro a 4 de novembro, terá uma novidade para Campinas: duas mostras acontecerão na cidade. Na primeira, serão exibidos no Instituto CPFL dez filmes gratuita e simultaneamente a São Paulo; na segunda, ao término do festival, outros dez serão mostrados no Sesc. Segundo a diretora, Renata de Almeida, o Instituto CPFL funcionará como sala de extensão da mostra. Os dez filmes serão anunciados dia 16, quando a organização fecha a programação. Os filmes do Sesc também serão anunciados posteriormente. A ideia, diz Renata, partiu da própria CPFL, que entrou como patrocinadora da Mostra. “Fiquei feliz com o patrocínio e por atender uma demanda, pois Campinas está perto de São Paulo, mas é outra cidade, e o público sempre pediu”. O diretor-superintendente do Instituto CPFL, Mário Mazzilli, exalta o fato de, pela primeira vez, uma sala de cinema da cidade participar do circuito de exibição da mostra simultaneamente com São Paulo. “É grande passo para integrar a programação da região a um circuito de cinema de altíssima qualidade”. Segundo ele, o instituto sempre procurou estabelecer parcerias com organizações e produtores culturais que “agregassem qualidade”. “Encontramos na Mostra a oportunidade de combinar a tradição de um dos principais festivais do mundo com nossa programação”. E lembra que há mais de dez anos o local abre espaço para mostras de filmes, além de apoiar a produção de documentários com diretores brasileiros. “Trazer a mostra a Campinas é mais uma ação em nossa trajetória de apoio ao cinema”. São Paulo O filme de abertura da 39ª edição do evento, no dia 21, será 'Meu Amigo Hindu', de Hector Babenco. Inicialmente, a mostra teria no máximo 250 filmes, mas Renata anunciou ao Caderno C que já passou dos 300. Neste ano, a principal homenagem será para a The Film Foundation, a organização sem fins lucrativos presidida por Martin Scorsese, que há 25 anos se dedica a preservar e proteger a história do cinema. Serão apresentados 25 títulos restaurados pela fundação, incluindo clássicos como 'Rocco e Seus Irmãos', 'Rashomon', 'Juventude Transviada', 'Como Era Verde o Meu Vale', 'Sindicato dos Ladrões', além do brasileiro 'Limite'. O diretor assina o cartaz da 39ª edição, pequena parte do storyboard (desenhos de cenas) do próximo filme dele, intitulado 'Silence'. O cartaz revela desenhos sobre fundo abstrato em tons pastéis. O convite a Scorsese para vir a São Paulo foi feito, mas dificilmente acontecerá. “Ele ficou feliz porque nunca homenagearam a Film Foundation, opinou sobre o cartaz e corrigiu detalhes”. Renata se diz surpresa em relação ao evento, pois a palavra crise foi o que mais se ouviu neste ano. A crise chegou à Mostra, pois o orçamento ficou menor, mas quando ela viu a estrutura montada concluiu que o evento está acima da expectativa, “pois não perdeu a qualidade”. Os cortes, diz, foram com convidados, festas, mas nenhum atingiu o público. “Mantivemos a apresentação ao ar livre no Ibirapuera e o número que filmes que está próximo ao do ano passado”. O festival está reforçado por uma delegação nórdica (Finlândia, Suécia, Dinamarca, entre outros), quase todos novos diretores e premiados em importantes festivais internacionais. E o público verá alguns premiados nos principais festivais, como os ganhadores da Palma de Ouro, do Câmera de Ouro e de Um Certo Olhar, em Cannes: 'Dheepan' (do francês Jacques Audiard), 'La Tierra y la Sombra' (do colombiano César Augusto Acevedo) e 'Hrutar' (do islandês Grímur Hakonarson). Também estão o Leão de Ouro em Veneza, 'Desde Allá', do venezuelano Lorenzo Vigas, e o melhor diretor e o vencedor dos prêmios de júri e público em Sundance: o americano Robert Eggers ('A Bruxa') e 'Me and Earl and The Dying Girl' (do espanhol Alfonso Gomez-Rejon).

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