FABIANO NEGRI

Brasil na terra do Tio Sam

Reborn chega ao mercado pelo selo norte-americano Big Can Productions com lançamento dia 29 próximo

Correio Popular
21/01/2021 às 18:52.
Atualizado em 22/03/2022 às 11:11
Fabiano Negri, multi-instrumentista: Grava??o da primeira faixa, Inside Out, j? est? no Youtube (Importação)

Fabiano Negri, multi-instrumentista: Grava??o da primeira faixa, Inside Out, j? est? no Youtube (Importação)

Entre fãs de hard rock e heavy metal, o nome de Fabiano Negri, de Campinas, dispensa apresentações. Com 25 anos de carreira, 30 álbuns no currículo (entre autorais e participações), o cantor, compositor, multi-instrumentista – sempre lembrado como vocalista da extinta Rei Lagarto – é responsável por uma obra riquíssima que se destaca não só pelo som pulsante, mas por sua genuína capacidade de superar rótulos e seguir criativo e convicto de que nada pode ser melhor para “alma” do que o som alto do bom e velho rock’n’roll.

Incansável artista? Longe disso. Em um ano 2020 atípico pela pandemia de Covid-19, Negri lançou 'The Fool´s Fath' (que na tradução para o português é 'O Caminho do Tolo'), seu 30º trabalho, e surpreendeu o público ao anunciar a despedida de novas composições. “Eu estava realmente cansado de produzir e não sair do lugar. Mas a gente nunca sabe o que o futuro nos reserva, não é mesmo?”, diz ele, prestes a antecipar a boa notícia: a despedida está cancelada.

Isso porque o sucesso do álbum – apontado em território nacional como um dos cincos melhores do segmento por diversos sites especialistas no gênero – ultrapassou barreiras e chegou até aos ouvidos dos integrantes do selo norte-americano Big Can Production. “Eles entraram em contato inicialmente para um entrevista e para saber mais do meu trabalho. Depois, me convidaram para lançar um álbum de inéditas nos Estados Unidos”, conta.

O resultado é Reborn, cujo lançamento das cinco primeiras faixas será simultaneamente no Brasil e nos Estados Unidos, dia 29 de janeiro. Outras seis faixas serão divulgadas nos próximos meses. “Eles irão trabalhar minhas músicas nas plataformas de streaming e também em material físico que, lá, ainda tem mercado. Não posso negar que estou bem empolgado.”

E como prévia do que vem por aí, Negri lançou há uma semana, em seu canal do Youtube, a gravação da primeira faixa,

A mãe de Negri, Sueli Aparecida, faleceu em 2020. “As gravações do álbum ocorreram junto com o tratamento dela e também com a perda. Porém, apesar da minha dor, eu quis que o álbum fosse mais leve, com uma energia de esperança porque também estamos vivendo uma época difícil com o Covid.”

Para o novo álbum, Negri adianta que não só compôs as músicas, como gravou voz, todos os instrumentos e fez a mixagem em seu estúdio em Campinas. Somente depois, passou por uma finalização do selo norte-americano. “Também entre os destaques, está a música Gazing, com participação meu filho Ian, no baixo.”

Novos ares

O novo álbum trouxe fôlego extra para Negri para 2021. E planos não faltam. Um deles é relançar, por conta do aniversário de 20 anos, o álbum mais conhecido da 'Rei Lagarto', 'Free Fall'. “A gente chegou a fazer uma 'live' em 2019 e vinha discutindo a possibilidade de um retorno aos palcos. Mas temos a pandemia e o fato de que um dos integrantes, o Yon, mora atualmente na Suiça. Desta forma, em um primeiro momento, a ideia é trazer o material masterizado e refeito aqui no meu estúdio mesmo”, adianta.

Ele também tem se dedicado na produção de dois novos álbuns de artistas de Campinas: o primeiro com duo Fenrir's Scar, composto por Dezi Rezende e André Baida; e segundo com Robson Brocco. Tudo feito em paralelo ao trabalho como professor de canto. “A pandemia me permitiu ampliar o número de alunos e hoje dou aulas até para estudantes que estão fora do Brasil. Engraçado que 2020 foi um ano muito difícil para a minha vida pessoa, mas muito positivo para a carreira”, reconhece.

O currículo de Negri é extenso e inclui até mesmo trilhas para documentários, entre os quais destaca-se o curta Eternidade, de Flávio Carnieli, em 2018. “O segredo é não parar, não deixar de acreditar que é possível se reinventar. Os palcos fazem muita falta, mas a internet abre inúmeras portas seja para conhecer muitos artistas, seja para divulgar o seu próprio som”, acredita.

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