MÚSICA

Benji & Rita na Rabeca

O nova iorquino Benji Kaplan e a brasileira Rita Figueiredo lançam novo disco em Campinas

Da Agência Anhanguera
29/02/2020 às 11:40.
Atualizado em 29/03/2022 às 19:29

Após um ano excursionando pela América do Norte e Europa, o duo formado pelo americano Benji Kaplan e pela brasileira radicada em Nova York Rita Figueiredo, volta ao Brasil com novidades ao público trazidas no mais recente trabalho Benji & Rita, álbum mais recente da dupla, que tem lançamento hoje, com show na Rabeca Cultural, em Sousas. O álbum reúne 14 canções e apresenta uma sonoridade que incorpora ritmos brasileiros, música contemporânea de câmara, jazz e influências da música clássica europeia. “Um turbilhão orquestrado maravilhosamente através das muitas facetas da música brasileira em ritmos de samba, baião, valsa... imagens sonoras caprichosas e profundamente românticas de Nova York e do Brasil pela dinâmica da dupla Benji Kaplan (compositor, arranjador, produtor, cantor e violonista) e a cantora e compositora nascida no Brasil Rita Figueiredo.”, assim o jornalista Jonathan Widran (LA Times, Jazziz, Billboard e All Music Guide) define o novo disco do duo. Em Benji & Rita, Benji Kaplan e Rita Figueiredo mergulham em sonoridades presentes na música brasileira, como o jazz, samba, baião e o forró, além das nuances dos sons urbanos dos Estados Unidos. O som é rico de sensações melódicas, cheio de suingue e mistura. As faixas são assinadas pela dupla, Rita (voz e letras) e Benji (composição, arranjo, violão e voz). Além de compositor e guitarrista, Benji é arranjador e preparou formações diversificadas no álbum para enaltecer a sonoridade da parceria, com formações em quarteto de cordas, quinteto de sopros e percussões típicas da música brasileira. Rita, por outro lado, garantiu um tom mais ‘visual’ às melodias de Benji com sua letras (afinal, além de cantora e compositora, Rita é cineasta de animação). Para cada canção, há um conto, de histórias inspiradas em diferentes tempos espaciais. As letras e o aspecto teatral no canto de Rita acrescenta mais expressividade à música imprevisível de Benji. Valsa da Metrópole, por exemplo, enfatiza a dicotomia da beleza versus mazelas da cidade de São Paulo. Memorial Day, por outro lado, mira os holofotes na dor da guerra dos combatentes dos Estados Unidos. Benji Kaplan é um americano de alma brasileira, que já tem quatro álbuns na bagagem e trata a influência da MPB de forma mais expansiva. Filho de pai cubano com ascendência russa-judaica e mãe austríaca, Benji foi apresentado a discos de diferentes regiões do mundo, inclusive a música brasileira. Ele se recorda ainda muito pequeno dos pais colocando discos de Clara Nunes, Hermeto Pascoal, Tom Jobim, Dorival Caymmi, Canhoto da Paraíba e muitos outros na vitrola de sua casa. Cruzando referências musicais de Lester Young e Wes Montgomery a Guinga e Zé Kéti, desenvolveu seu próprio estilo de tocar, cantar e compor. Antes de assimilar referências de distintas expressões regionais brasileiras em sua forma de cantar, a paulistana Rita Figueiredo ingressou nos estudos de canto lírico aos 14 anos. Aos 18 anos já dividia o seu tempo em concertos eruditos, cantando árias antigas italianas e shows intimistas de música brasileira na sua cidade. Em 2011, teve a oportunidade de gravar seu primeiro disco autoral ao vencer o prêmio ProAC, da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. Seu disco de estreia, Brasilis, lançado em 2013, foi considerado um dos 12 Melhores da Música brasileira por Ed Felix em 2013.

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