maurício destri

Ator já está acostumado ao 'estigma do bom rapaz'

Desde que estreou na tevê, em 2011, na pele do príncipe Infante Dom Inácio, em Cordel Encantado, ele sempre encontrou à sua frente tipos que dialogam com este estereótipo

Da TV Press
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30/03/2018 às 21:58.
Atualizado em 23/04/2022 às 09:09

Destri afirma que o grande risco é 'se tornar chato' para o público (Divulgação)

Os traços delicados, a voz baixa e o jeito sereno conferem a Maurício Destri um ar de bom moço. Talvez por isso, ao longo da sua carreira, os mocinhos tenham ocupado a maior parte de seus papéis. Desde que estreou na tevê, em 2011, na pele do príncipe Infante Dom Inácio, em Cordel Encantado, ele sempre encontrou à sua frente tipos que dialogam com este estereótipo. Em Orgulho e Paixão não é diferente. Na recém-estreada novela das seis, o ator dá vida ao ingênuo Camilo. Romântico e educado, ele é facilmente manipulado pela mãe, Julieta, defendida por Gabriela Duarte. “É um papel muito bom. Apesar de ter essa personalidade fraca, ele tem muitas nuances”, explica o ator. Entender bem esse tipo de personagem faz com que Maurício conheça bem os perigos do posto. “A chance de ficar chato é grande. Também acontece do público não se identificar e aí não compra as motivações dele”, alerta. Na história de Marcos Bernstein, ele vê em Darcy, de Thiago Lacerda, uma importante figura masculina. “Eles estudaram juntos no Exterior e escuta o amigo por ser mais velho. Há quase uma relação paternal”, opina. E é por se apoiar nessa figura que ele vai aprendendo a não ser manipulado pela mãe e focar nos seus objetivos pessoais. Jane, papel de Pamela Tomé, terá grande importância nesse sentido. “A paixão que ele sente por ela será transformadora. E ela tem uma personalidade forte, vai ensinar muito para ele”, antecipa. Por isso, ele acredita que em algum determinado momento da história, Camilo terá um rompante. “É um padrão de comportamento, quase. Ele vai entender a sua fragilidade e vai agir em cima dela”, aposta. Mais uma de época Em mais uma novela de época – além de Cordel Encantado, ele esteve recentemente em Os Dias Eram Assim –, Maurício destaca a importância de certos elementos em produções que remontam a outras épocas. “A primeira coisa que me conecta com o personagem é o figurino. Quando visto a roupa, ele começa a se construir”, afirma. Além disso, para cada tipo ele pensa um detalhe específico. “Cada um deles tem um anel que eu uso em todas as horas”, confidencia. O cenário também é fator fundamental para o ator. “É no estúdio ou cidade cenográfica que você se apropria daquilo. Descobre a forma de andar, onde se apoiar. É dominando o ambiente que você domina o personagem”, opina. Autocrítica severa Natural de Criciúma (SC), Maurício tem 26 anos, mas releva que teve dificuldade para levar na boa as críticas que recebe desde que estreou na tevê. “Quando era mais novo, ouvia algo ruim e ficava muito para baixo”, comenta. Segundo ele, o lamento vinha porque ele se deixava levar muito pelos personagens que interpretava. “Antes eu emprestava todas as minhas características que achava que cabia. Agora acho que é uma troca. Eles me dão alguma coisa que eu preciso ver e viver”, diz. Com mais calma, agora ele também aprendeu a dosar as próprias cobranças e expectativas. “Agora estou mais relaxado, levo as coisas de uma forma mais gostosa”, conclui. A maturidade que Maurício tanto esperava, segundo ele, veio de mãos dadas com os personagens que desempenhou na tevê. O ator afirma que começou a sentir uma diferença na sua forma de agir e atuar em I Love Paraisópolis, de 2015, mas foi na primeira fase de A Lei do Amor, do ano seguinte, na pele do vilão Ciro, que ele se sentiu diferente. “Acho que ali, desabrochei. Foi uma mudança de consciência. Passei a ter um entendimento maior do texto, de não pecar por uma atuação over.” A coroação desse momento de transformação de si mesmo e, consequentemente, do trabalho, foi no ano passado, quando viveu Leon em Os Dias Eram Assim. “Agora consigo mais propriedade para sair do padrão, da zona de conforto e poder voltar a ela sem peso na consciência”, explica. O ator diz isso porque acredita que Orgulho e Paixão seja uma volta a um tipo que já fez muito ao longo de sua carreira. “Às vezes, você faz papéis tão transgressores que não quer voltar, mas eu acho que é bacana também voltar. Sempre há algo de novo a aprender”, coloca. Quando ainda estava na pele do doce Leon, em Os Dias Eram Assim, Maurício foi convidado para viver o Camilo da atual novela das seis. “Tive duas semanas de férias. E foi muito difícil, porque eu ainda estava impregnado com o Leon, com as características dele. Isso não tinha acontecido antes”, conta o ator. CURIOSIDADES Um dos hobbies de Maurício é cozinhar. “Minha mãe sempre trabalhou fora e aprendi a me virar desde cedo”, explica. Logo depois de Cordel Encantado, ele participou de Malhação. No ano passado, Maurício estrelou o clipe da música Flutua, de Johnny Hooker e Liniker. Com sete novelas no currículo, ele sonha em ainda poder dar vida a um vilão inescrupuloso.

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