estreia

As aventuras do cãozinho da rainha da Inglaterra

'Corgi: Top Dog' destaca-se entre os filmes sobre animais por se embasar na realidade

Estadão Conteúdo
07/09/2019 às 17:14.
Atualizado em 30/03/2022 às 12:43

De 'A Dama e o Vagabundo' a 'Pets', há uma longa tradição sobre animações com personagens caninos. 'Corgi: Top Dog' destaca-se na série por se embasar na realidade. Desde que ganhou do pai seu primeiro cão corgi ainda garota, nos anos 1930, a hoje octogenária Rainha Elizabeth II tem se mantido fiel à raça. Uma dupla de diretores - Vincent Kesteloot e Ben Stassen - resolveu ficcionalizar esse gosto particular da rainha da Inglaterra. E fez o filme que estreou na quinta, 5. Não falta certo charme à história. Vítima de uma trama, o corgi preferido da rainha, acostumado às mordomias do Palácio de Buckingham, vai parar no olho da rua. No início, aproveita a sensação de liberdade, mas ela dura pouco e nosso corgi de estimação faz de tudo para voltar ao palácio, mas não é fácil. Para complicar, no abrigo para cães abandonados, ele descobre a sua dama, que é ninguém menos que a namorada do cãozarrão que domina o pedaço. Só o fato de ser pitbull já o torna assustador, mas o 'cara' ainda organiza lutas clandestinas - das quais é invariavelmente vencedor. Qual é a chance de o corgi da rainha derrotá-lo? Nenhuma, ou bem poucas, mas isso é duvidar das artimanhas da ficção. Distante da tradição da Disney ou, mesmo, da Illumination - produtora de 'A Dama e o Vagabundo' e 'Pets', 'Top Dog' talvez se destine mais ao público adulto, apesar da censura livre. A incorreção dá o tom das relações. A rainha oferece uma recepção ao presidente Donald Trump. Na cara dura, Trump assedia a vizinha de mesa no banquete, e sua cadelinha - porque ele tem uma - se acha no direito de escolher o cachorro que quiser para ‘namorar’. E por aí vai. A rainha é um amor com seus cães e polida com as pessoas, o que é bem mais que se pode dizer de seu marido, o príncipe Philip. Talvez por se sentir pouco amado, ele detesta os cães reais. Dá para rir, mas o filme não vai marcar a animação e ainda é prejudicado pela dublagem que homogeneíza as vozes, acabando com a distinção entre os sotaques inglês e norte-americano.

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