ENTREVISTA

Arthur Aguiar, de Êta Mundo Bom!, estreia como cantor

Arthur quer falar das muitas formas de amor. Por isso, com o fim da novela, o ator, cantor e escritor deixa a TV de lado para dedicar-se à música

Fábio Trindade
25/08/2016 às 19:51.
Atualizado em 22/04/2022 às 22:45
Personagem deve "morrer de amor" no último capítulo, desta sexta-feira (Divulgação)

Personagem deve "morrer de amor" no último capítulo, desta sexta-feira (Divulgação)

Arthur Aguiar virou um especialista em falar de amor — e suas muitas variações. A história de seu personagem Osório com Gerusa (Giovanna Grigio) foi uma das mais comentadas em Êta Mundo Bom! principalmente por seu desfecho trágico. Ela, vítima de leucemia, morre nos braços do amado após uma última dança e, ao que tudo indica, ele morrerá de amor no último capítulo do folhetim que alavancou a audiência do horário das 6, na Globo, e que vai ao ar hoje. Um fim ao estilo Romeu e Julieta que o público não está acostumado a ver na TV aberta. “Essa novela foi mais um golaço do Walcyr Carrasco com o Jorge Fernando. Foi incrível participar porque foi uma novela divertida, alto-astral, gostosa de fazer, de ver, que deu muito certo. Foi bonito ver a forma como o Osório conquistou a Gerusa, porque foi um personagem que transitou muito pelo drama, por causa da doença, pelo belo romance entre os dois e pela comédia, já que ele tinha esse lado linguarudo também, bem divertido de vendedor de butique”, explica Arthur ao Caderno C. Mas como dito, Arthur quer falar das muitas formas de amor. Por isso, com o fim da novela, o ator, cantor e escritor deixa a TV de lado para dedicar-se à música. Ele lança, portanto, o primeiro álbum solo da carreira, totalmente autoral, intitulado O Que Te Faz Bem (Sony, R$ 29,90), produzido por Alexandre Carlo, da banda Natiruts. “Eu não acredito no acaso, e o fato de estar saindo de um personagem que falou tanto de amor para me dedicar a esse trabalho que é um verdadeiro conto de amor do início ao fim é incrível”, acredita. São dez canções, sendo nove compostas por Arthur e uma, Mais Uma Vez, em parceria com Guga Sabatiê. Todas, como ele disse, com um mesmo foco. “Para entender esse conto, essa bela história, é preciso ouvir da primeira até a última música. Eu quis fazer algo que os artistas do passado faziam, que é essa ligação entre as faixas. Aqui, eu conto a história de um cara que se apaixona por uma menina que já sofreu muito, então tem medo de se apaixonar de novo e não quer se entregar a ninguém. Por isso, ele passa o disco todo tentando conquistá-la, sendo que em alguns momentos ela até se permite, mas some com medo em seguida. Até ele se questiona também se é amor, mas sempre disposto a tentar.” Influências Segundo Arthur, ele não teve uma influência externa específica para compor a história, visto que todas as canções são estilhaços do que viveu, do que contaram para ele e até algumas criações da imaginação. “Tem música que é metade verdade, metade invenção. Outras que são histórias de conhecidos que me influenciaram. Sem contar as minhas referências musicais, como Cazuza, Djavam, Maria Gadú, Tim Maia, Lulu Santos, até Ed Sheeran.” A música Flor, a primeira do CD trabalhada por Arthur, foi divulgada em junho e chegou ao topo das paradas das principais plataformas digitais. Ela até alcançou a segunda colocação no ranking pop mundial do iTunes. O ator e cantor ainda revela que a partir de outubro começará uma turnê pelo País, mas ainda sem divulgar datas e locais. Antes disso, ele ainda tem um outro compromisso para falar de amor. Arthur lança na 24ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, em 3 de setembro , às 11h, a obra Muito Amor Por Favor (Sextante, 240 págs., R$ 29,90), um livro de contos em parceria com mais três autores — Frederico Elboni, Ique Carvalho e Matheus Rocha. “Eu acho que o amor está em falta. Eu já até tinha dito isso antes, mas fui mal-interpretado porque acharam que eu falava de romance. Quando disse isso, eu não me referia só entre casais, mas o amor em relação às pessoas. Eu escrevi um conto sobre isso para livro, que fala que o amor deixou de ser a coisa mais importante do mundo. Ninguém se olha mais, as pessoas não se observam, não querem saber disso. E justamente por o amor estar em falta, que eu gosto tanto de falar dele.”

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