nova diretoria

Aos 67 anos de idade, a Academia Campinense de Letras quer rejuvenescer

A reunião de planejamento anual que acontece hoje revela a disposição da diretoria em implementar novos projetos, ampliar seu público e planejar a sucessão

Cibele Vieira/ [email protected]
19/01/2023 às 10:48.
Atualizado em 19/01/2023 às 10:48
A ACL pretende se aproximar ainda mais da população campineira e também conquistar uma nova geração de acadêmico (Felipe Fernadez)

A ACL pretende se aproximar ainda mais da população campineira e também conquistar uma nova geração de acadêmico (Felipe Fernadez)

A nova diretoria da Academia Campinense de Letras (ACL) assume seu mandato de dois anos nesta quinta-feira (19), sob a orientação do presidente Jorge Alves de Lima. "Este é meu último mandato e tenho a preocupação de fazer uma transição para gerações mais novas, que deem continuidade ao trabalho da entidade", revela. Mas, antes de encerrar seu ciclo, ele garante que vai agitar muito. Na pauta que será definida nesta quinta-feira há propostas de saraus, sessões literárias, visitas de estudantes da periferia à sede, distribuição de livros e edição de uma revista com trabalhos dos acadêmicos, entre outros eventos em debate. 

Um dos primeiros eventos culturais, que deverá abrir a programação a partir de março, é a estreia do piano de cauda alemão que pertenceu à pianista Olga Normanha (1915-2013), fundadora do Conservatório Musical de Campinas. Com grande valor histórico, ele foi cedido em comodato à ACL pela cantora lírica Vera Pessagno, depois passou por restauração, foi afinado e aguarda a indicação de um pianista para 'reinaugurar' o piano, conta Jorge Alves de Lima. Para esta sessão solene é planejada também uma palestra do maestro Júlio Medaglia. A distribuição de livros e a presença de jovens da periferia na sede da entidade terão continuidade nos próximos dois anos, mantendo a média de 80 livros entregues por mês. Uma parceria entre a Academia, o jornal Correio Popular e a Secretaria Municipal de Educação deverá viabilizar a entrega também de 500 exemplares do livro de crônicas "Lições de Vida", de autoria do presidente da entidade, às escolas de bairros mais afastados. 

"A academia tem que se aproximar da população, não podemos ficar encastelados em torres de marfim, a entidade não pode se tornar apenas técnica e teórica, é preciso produzir e divulgar cultura nas pontas, onde o povo está", diz o presidente, que pensa em firmar várias parcerias. Um de seus desafios é "remoçar" a ACL, com uma nova geração de acadêmicos. "Queremos plantar carvalhos, cujas sombras serão aproveitadas pelas próximas gerações", diz. A nova direção tem Jorge Alves de Lima como presidente, Ana Maria Melo Negrão como vice, Ivanilde Baracho de Alencar (1º secretária), Antônio Suarez Abreu (1º Tesoureiro), Sérgio Galvão Caponi (Diretor de Patrimônio), Sérgio Eduardo Montes Castanho (Diretor de Biblioteca), Luno Volpato (Divulgação) e Geraldo Affonso Muzzi (Relações Internacionais).

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