Deus salve o rei

Antigo desejo se realiza para atriz Dayse Pozato

A carreira artística sempre foi algo muito natural para Dayse Pozato. A intérprete da doce Betânia de Deus Salve o Rei começou a montar peças de teatro aos 12 anos

Da TV Press
09/04/2018 às 08:44.
Atualizado em 23/04/2022 às 10:19
A personagem Betânia com Romero (Marcelo Airoldi) na novela (Rede Globo/Divulgação)

A personagem Betânia com Romero (Marcelo Airoldi) na novela (Rede Globo/Divulgação)

A carreira artística sempre foi algo muito natural para Dayse Pozato. A intérprete da doce Betânia de Deus Salve o Rei começou a montar peças de teatro aos 12 anos. Dentro de suas limitações infantis, ela roteirizava e dirigia pequenos espetáculos junto com suas amigas do prédio onde morava. “Fazia ingressos e vendia no meu bairro, o Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro. Era um trabalho bem complexo e bacana”, lembra. Apesar das brincadeiras envolvendo a profissão, a atriz só foi se profissionalizar aos 17 anos, quando entrou em um curso de teatro. Ao mesmo tempo, ela cursava Comunicação Social e, durante a faculdade, chegou a pensar em trancar o curso. “O teatro mudou minha vida, mas meu pai foi contra largar a universidade e acabei me formando. Trabalhei como jornalista e adoro escrever, mas a vida me levou para os palcos. As oportunidades no teatro chegavam em minhas mãos sem que eu procurasse muito”, aponta. A trama de Deus Salve o Rei marca a estreia da atriz na tevê em um papel fixo. Anteriormente, ela já havia feito participações em produções, como A Viagem e A Vida da Gente. O convite para o folhetim, inclusive, partiu do diretor Fabrício Mamberti, com quem já havia trabalhado. “O teatro é a minha formação e onde tive as portas abertas. Mas, quando soube da novela, fiquei encantada com o projeto. É uma produção medieval e com uma linguagem diferente”, valoriza. Na história escrita por Daniel Adjafre, Betânia é uma das cozinheiras do castelo de Montemor. Mulher de Romero, papel de Marcello Airoldi, ela precisa conciliar os conflitos entre o marido e o filho, que não deseja seguir a carreira militar como o pai. “A Betânia é uma mulher à frente do seu tempo, ela quebra tradições, não tem papas na língua, é sábia e muito humana. Com um senso crítico forte, ela tem muita tolerância, um sentimento que hoje em dia está faltando”, defende. Cite uma atuação sua inesquecível Dayse Pozato - Em teatro já fiz muita coisa bacana. Tenho um carinho especial pela Maria de A Pequena Vendedora de Fósforos. Uma interpretação memorável Adorava a Maria de Fátima, de Gloria Pires, em Vale Tudo. Um momento marcante na carreira Contracenar com Jorge Dória em O Avarento. Deus Salve o Rei está sendo um momento bem especial também. O que falta na televisão? Mais arte. O que sobra na televisão? Bons diretores. Com quem gostaria de contracenar? Julio Andrade. Se não fosse atriz, o que seria? Qualquer coisa que mexesse com arte. Ator? Damian Lewis. Atriz? Cate Blanchett. Sua novela preferida? Vale Tudo, de 1988, da Globo. Um vilão? Odete Roitman, interpretada por Beatriz Segall em Vale Tudo. O personagem mais difícil de compor? A Maria, da peça A Pequena Vendedora de Fósforos. Que novela gostaria que fosse reprisada? O Bem Amado, de 1973, da Globo. Que papel gostaria de representar? Desdêmona, personagem de Otelo, o Mouro de Veneza, de William Shakespeare. Um projeto? Ainda quero montar uma peça de Shakespeare e de Nelson Rodrigues.

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