TEATRO

'A Dama do Mar', de Ibsen, conta com elenco nacional

Sob a batuta do diretor norte-americano Robert Wilson peça estreia em Santos e depois vai a São Paulo

Agência Estado
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14/05/2013 às 15:22.
Atualizado em 25/04/2022 às 16:08

Cena da peça 'A Dama do Mar', clássico de Henrik Ibsen, com direção de Robert Wilson (Divulgação)

É impossível fazer um retrospecto das artes cênicas no Brasil em 2012 sem evocar o nome de Robert Wilson. No último ano, o diretor norte-americano marcou presença por aqui: em São Paulo, apresentou dois espetáculos ao lado da histórica cia. alemã Berliner Ensemble e realizou uma ópera, em parceria com o Teatro de Bolonha.

Em 2013, o vínculo do encenador com o País não só se mantém, como se torna ainda mais estreito. Na quinta-feira (16) ele estreia, no Sesc Santos, uma montagem com elenco inteiramente brasileiro. Espetáculo que, a partir do dia 25, também poderá ser visto no Sesc Pinheiros.

A obra escolhida por Wilson para a empreitada é 'A Dama do Mar', o clássico de Henrik Ibsen. Em 1998, Susan Sontag escreveu uma adaptação do texto especialmente para Wilson. O resultado foi visto pela primeira vez na Itália e, desde então, já ganhou cores locais em alguns países: Espanha, Coreia, Polônia e Noruega.

No Brasil, Wilson realizou uma audição no começo do ano para selecionar os atores. Escolheu intérpretes conhecidos no cenário teatral paulistano: Ligia Cortez, Bete Coelho, Ondina Castilho, Hélio Cícero e Luiz Damasceno. Também propôs uma novidade: dividir o papel da protagonista, Élida. “Essa opção deu à peça um caráter muito interessante. Não existe protagonismo, mas um sentido de coletividade”, acredita Ligia, que divide com Ondina o posto de personagem título.

O texto assinado por Sontag ocupa lugar de relevância na montagem. A escritora condensa o enredo de Ibsen em 17 cenas. Coloca em cena apenas cinco personagens falantes. E se utiliza, sobretudo, de monólogos. “Tudo o que existe em cena está em função da história a ser contada. Todas as coisas têm um significado”, observa Ligia.

Escrito em 1888, o drama original trata da história de Élida, casada com um médico medíocre, mas apegada à ideia da paixão por um estrangeiro. Um embate entre a segurança da vida burguesa e a aventura. Uma discussão, em última instância, sobre o livre arbítrio.

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