CAMPINAS

Enterrado morador de rua morto com tiro no ouvido

Foi morto no gramado na Rua Dr. Pereira Lima, e sepultado na tarde de segunda-feira (22), no Cemitério dos Amarais

Bruno Bacchetti
22/06/2015 às 20:00.
Atualizado em 23/04/2022 às 09:54
Morador de rua foi enterrado na tarde de segunda-feira (22), no Cemitério dos Amarais, em Campinas  (Camila Moreira/ AAN)

Morador de rua foi enterrado na tarde de segunda-feira (22), no Cemitério dos Amarais, em Campinas (Camila Moreira/ AAN)

O morador de rua morto na última quinta-feira, com um único tiro no ouvido, em um gramado na Rua Dr. Pereira Lima, em Campinas, foi sepultado na tarde de segunda-feira (22), no Cemitério dos Amarais, na cidade. Ele foi identificado como o pedreiro Ednaldo Alves dos Santos, de 38 anos, e era o único dos nove moradores de rua mortos desde abril que ainda não havia sido identificado. Irmãos do pedreiro, Evanildo Alves dos Santos, de 33 anos, e Jocélia dos Santos Nepomuceno, de 47 anos, fizeram o reconhecimento do corpo no Instituto Médico Legal (IML). Além deles, somente um amigo da família compareceu ao enterro. O morador de rua é natural do Estado da Bahia e veio para São Paulo há cerca de cinco anos. Ele morou primeiramente em Itapevi e veio para Campinas junto com uma companheira que conheceu na cidade Região Metropolitana de São Paulo. Os familiares dizem que perderam o contato com o pedreiro e desconheciam que estivesse morando na rua. "Ele ficou uns quatro meses em Itapevi, mas arrumou uma pessoa e veio para cá. Estava trabalhando, mas de uns dois anos para cá parou de ligar para minha mãe. Não sei o que aconteceu, sempre teve apoio, de tudo", contou Evanildo.Jocélia diz que o irmão era muito reservado e "não parava quieto em casa". Ela confirma que o morador de rua fazia o uso constante de bebia alcoólica. "Ele vivia mais só, não conhecia ninguém aqui, minha mãe não queria que ele viesse para São Paulo. Sabia que gostava de beber, mas droga eu não tenho conhecimento", afirmou. A irmã do morador de rua foi comunicada de sua morte por uma assistente social que acompanhava o pedreiro. Ela tinha o contato da mãe do morador de rua e avisou de sua morte. O local onde ele foi encontrado é usado como "moradia" da população de rua. Ao lado do corpo haviam duas garrafas com pinga, um boné e outros utensílios que indicam ali como sendo um ponto de parada.

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