Baú de Histórias

Ensinando a caminhar

Rogério Verzignasse
25/10/2015 às 10:39.
Atualizado em 23/04/2022 às 03:41
sede (divulgação)

sede (divulgação)

Foto: Diogo Zacarias/Especial para a Metrópole Entidade fundada em 1954 conta com uma equipe formada por 12 médicos e dentistas voluntários: 300 crianças em atendimento A Casa da Criança Paralítica (CCP) nasceu para se tornar referência para milhares de menores que aprenderam a conviver com as limitações físicas e conquistar a inclusão social. Desde sua fundação, em 1954, mais de 15 mil jovens foram assistidos. Na próxima sexta-feira, a comunidade festeja os 61 anos da entidade em uma festa com direito a jantar, música e apresentação artística protagonizada por pacientes. A instituição, originalmente, teve a proposta de amparar vítimas da paralisia infantil. O movimento de médicos idealistas ganhou de imediato o apoio da comunidade. Os serviços começaram a funcionar efetivamente em 1960, em um imóvel acanhado da Rua Luzitana, no Centro. Dez anos depois, os serviços já eram oferecidos na sede ampla de hoje em dia, no Parque Itália, em terreno doado. Foto: divulgação A Casa da Criança Paralítica, em outra fase: poder público, empresas e voluntários colaboraram para a prestação de serviço de excelência Com a erradicação da poliomielite, nos anos 80, a casa continuou prestando serviços especializados a pacientes de outras patologias: sequelas de mielomeningocele, lesão cerebral precoce, traumas e acidentes. “O cuidado com o paciente não mudou. Prevaleceu a missão de recuperar e dar ao assistido melhor condição de vida, por meio de cuidados médicos, paramédicos, psicológicos e pedagógicos. Além do fundamental apoio às famílias”, afirma Jamil Khatter, diretor-presidente da CCP. Nas seis décadas de atividade, a casa conseguiu engajar uma série de parceiros. Poder público, empresas e voluntários colaboraram – e continuam colaborando – para a prestação de serviço de excelência. Hoje, o atendimento aos 300 pacientes tem um custo mensal aproximado de R$ 300 mil. Símbolo O neurologista Luiz Carlos Costa Morisco é exemplo fiel de como o trabalho voluntário toca o coração das pessoas. No começo da carreira, em 1971, ele foi convidado pelo colega Luiz de Tella, então presidente da CCP, para prestar assistência às crianças. A intenção não era ser voluntário, mas, lá dentro, tudo mudou. “Quando percebi a beleza daquele trabalho e senti a gratidão no olhar das famílias, me entreguei de corpo e alma”, fala. “Era um ambiente muito triste, mas saí feliz. Vi que eu podia ser útil, ajudar alguém.” Foto: Diogo Zacarias Luiz Carlos Costa Morisco, neurologista: “Quando percebi a beleza daquele trabalho e senti a gratidão no olhar das famílias, me entreguei de corpo e alma” Hoje, Morisco também é diretor-clínico. É um dos 12 médicos e dentistas voluntários da casa. Ele tem consultório particular, mas continua passando pela CCP como há 44 anos e trabalhando. “Eu sou o voluntário, o frequentador assíduo mais antigo da casa”, comenta. “Tenho o maior orgulho disso. Acho que colaboro com a dignidade das pessoas.”     Jantar Os colaboradores da Casa da Criança Paralítica festejam os 61 anos da instituição na próxima sexta-feira. O jantar, na Hípica, vai arrecadar recursos em benefício da entidade. Os organizadores esperam reunir 400 pessoas no salão. No palco, a banda vai tocar sucessos nacionais e internacionais de todos os tempos. Um grupo de dança formado por pacientes também vai se apresentar.  SAIBA MAIS O jantar de aniversário da Casa da Criança Paralítica acontece a partir das 20h de sexta-feira (dia 30). O ingresso custa R$ 150 por pessoa e pode ser adquirido pelo telefone (19) 2127-7230. As pessoas interessadas em conhecer detalhes da estrutura da entidade podem acessar o www.ccp.org.br .  

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por