Vítimas alegam que pagaram cerca de R$ 5,5 mil pela produção de álbum e de video, que não foram entregues até hoje
Em alguns casos, as vítimas garantem que o cinegrafista e o fotógrafo não apareceram nas festas e as deixaram nas mãos (Wagner Souza)
Ao menos 300 casais que já casaram e que ainda vão se casar, de Americana e região, afirmam que foram enganados por uma empresa de eventos que produz álbuns de casamento e de aniversário. Algumas vítimas alegam que pagaram cerca de R$ 5,5 mil pela produção de álbum e de video, que não foram entregues até hoje. Em outros casos, as vítimas garantem que o cinegrafista e o fotógrafo não apareceram nas festas e as deixaram nas mãos. O estúdio é do fotógrafo Ademir Lopes da Silva. Ele é acusado de não cumprir contratos de produção de imagens desde 2012 e estaria devendo no mercado, segundo funcionários, quase R$ 1 milhão. Só nesta semana cerca de 50 pessoas registraram boletim de ocorrência contra Silva na Central de Polícia Judiciária de Americana. Revoltados, os casais prometem protestar neste domingo (19), a partir das 14h30 em frente do estúdio, no Jardim Santana.Segundo testemunhas, há desencontro entre o prazo no qual o empresário diz ter terminado de realizar contratos e as datas informadas em contratos dos denunciantes. Em depoimento à Polícia Civil, Silva (foto) alegou que soube da situação de falência da empresa em julho do ano passado, e, que, desde então, não firmou outros contratos de casamento. Essa informação é contestada pelas vítimas. Segundo a polícia, cinco dos 16 últimos boletins de ocorrências registrados nesta semana apontam datas do fechamento do acordo posterior a julho de 2014. Segundo a polícia, caso fique comprovado que Silva firmou os contratos após a falência, ele será acusado de estelionato.A falência da empresa chegou ao conhecimento das vítimas depois que uma cliente virou funcionária do empresário, há dois meses. Pesquisando o site da empresa, a moça descobriu que Silva tinha postado uma nota de falência. "Fiquei desesperada, pois meu casamento é o mês que vem. Falei com ele e pedi o cancelamento do contrato. Ele me disse que poderia me devolver o dinheiro só no ano que vem. Fiquei revoltada e desabafei na internet", contou a jovem que contratou o serviço em fevereiro do ano passado e já pagou tudo.Segundo as vítimas, depois que a notícia ganhou as redes sociais e os boletins de ocorrência pipocaram na delegacia, o empresário e a família deixaram o apartamento onde moram. Além disso, pararam de atender às ligações.