Após vitória e grande atuação diante do Independente, atletas avisam que jogaram pela manutenção do técnico
Na véspera do jogo contra o Independente, o atacante Nunes disse que tinha certeza que Marcelo Veiga não seria demitido e que o time jogaria por ele. O resultado positivo e a atuação da equipe na última quarta-feira (11), considerada a melhor da temporada até agora, salvaram momentaneamente o emprego do treinador no Guarani mesmo após a decisão preventiva da diretoria em procurar outro nome. E por mais que possa haver a possibilidade de algum tipo de discordância dentro do grupo, a força do comandante sobre o elenco ainda é grande e, quem está com ele, está fechado até o fim. A pressão existente sobre a equipe, as conversas no vestiário e as polêmicas da semana tiveram interferência direta na produção dentro de campo. E serviram para estimular os jogadores, segundo o zagueiro Cris. "Acho que botaram combustível no fogo", brinca o defensor bugrino. "Aqui se montou um grupo, uma família em que todos se gostam. Brigamos entre nós, mas ninguém pode brigar com a gente. E nosso maior líder é o Marcelo Veiga. Ele pode ter seus defeitos, mas é um cara de um caráter sensacional", afirma. Segundo o jogador, o Bugre jogou em prol do treinador e isso vai continuar acontecendo. "A gente sabia que ele não iria sair porque o trabalho dele é honesto e muito bem feito. Ficamos muito tristes pela saída do Sérgio (auxiliar demitido na segunda-feira), então não íamos deixar, não íamos vender barato. Corremos por nós, pelo Guarani e pelo Marcelo", revela Cris. "Ele é quem montou o time, nos dá liberdade e cobra constantemente. Quando um grupo se fecha, não é só entre os jogadores. O Marcelo é parte primordial. Ele faz a engrenagem funcionar", completa. O atacante Malaquias também deu todo o apoio ao treinador e ressaltou que o princípio de crise motivou a equipe a buscar a reabilitação em Americana. "Ficamos tristes quando ficamos sabendo das notícias envolvendo o Marcelo. Então nos fechamos e falamos que isso não podia acontecer. Com certeza, jogamos por ele e pela sua permanência no comando da equipe. O Marcelo começou com a gente e é ele quem vai terminar", diz Malaquias.COBRANÇAS A cobrança interna entre os próprios atletas também foi lembrada. Para Cris, era hora de o time provar para si mesmo do que é capaz. "Futebol é muito dinâmico. E quando a necessidade bate à porta, tem que tirar força lá do fundo. E é isso que houve. Depois de tudo que aconteceu em Ribeirão Preto, nos cobramos muito. Foi uma lavagem de roupa suja e isso fez muito bem, nos uniu ainda mais." SETOR ABAIXO DO TOBOGÃ Líder em média de público na Série A2 do Paulista, o Guarani tem um desafio decisivo, no sábado (14), contra o União Barbarense, no Brinco, e conta com a força das arquibancadas para superar um adversário direto pelo acesso. Além de uma promoção no preço dos ingressos, o clube corre contra o tempo também para ter à disposição o setor abaixo do tobogã. O Corpo de Bombeiros realizou vistoria no estádio, nesta quinta-feira (12), e aprovou as obras. Mas o Bugre ainda precisa resolver uma situação antes de ter o local disponível. No clube, há otimismo quanto à utilização do setor. Caso isso aconteça, a capacidade aumentará em 2.500 lugares. "Precisamos de cinco brigadistas. Tendo isso, vamos repassar aos Bombeiros para que seja feita a liberação. E aí eles encaminham à Federação para aprovar ou não para o jogo de sábado", explica Marcelo Tasso, superintendente-executivo do clube. "Nesta sexta-feira (13), até o final da tarde, teremos essa confirmação." Sendo liberado, o local irá abrigar os sócios-torcedores que pertenceram às modalidades Estrela Dourada e Estrela Prateada. Como não há necessidade do ingresso, é preciso apenas a apresentação da carteirinha. Já os que são do plano máster seguem nas vitalícias. Para a partida, os camarotes ainda não estão liberados.PROMOÇÃO O Bugre também anunciou uma promoção de ingressos. Os primeiros 2 mil torcedores que comprarem, nesta sexta, vão pagar R$ 10. Quem deixar para o dia da partida, paga o valor normal de R$ 20. A carga total é de 8 mil ingressos. JULGAMENTO O Tribunal de Justiça Desportiva marcou para a próxima segunda-feira (16) o julgamento dos jogadores envolvidos na confusão após o jogo contra o Comercial. Expulso depois de jogar a bola contra um gandula, o meia Thiago Cristian foi enquadrado no artigo 258 e a pena varia entre uma e seis partidas. Já o zagueiro Rafael Caldeira e o atacante Luiz Ricardo foram denunciados no artigo 254 por praticarem agressão física e podem pegar entre quatro e doze jogos de gancho. Além disso, o Guarani também pode ser multado pela confusão. TIME O técnico Marcelo Veiga define, nesta sexta, o Guarani para enfrentar o União Barbarense. O único desfalque é o lateral-direito Watson, que levou o terceiro cartão amarelo. Raoni deve ser seu substituto. Uma dúvida é na zaga, que poderá contar com o retorno de Rafael Caldeira no lugar de Cris ou até de Preto Costa.