Elenco diz que Danielzinho foi imprudente

O elenco pontepretano taxou a atitude de Danielzinho do São Caetano de imprudente e reprovou a atitude do árbitro Luiz Vanderlei Martinucho, que advertiu o jogador com apenas um cartão amarelo. “Quando o carrinho é de frente ou de lado, você tem como sair. Mas, por trás, você não vê. Infelizmente, ele deu por trás e eu não tive como me defender. Agora, é bola para frente, se recuperar e voltar a ajudar o grupo nos gramados”, disse Ferrugem.

Ao decidir por uma jogada proibida pela Fifa, de acordo com o técnico Guto Ferreira, o atacante do Azulão assumiu o risco de ferir o adversário. “Analisando a jogada, não houve maldade não. Ele foi imprudente. O que ele fez não mediu o que o gesto dele provocaria. Quando você está num bar bebendo e depois vai dirigir, você também não está medindo o que vai acontecer caso pegue a direção. A jogada é coibida pela Fifa e na medida que você a executa tem que arcar com o risco. Todo mundo sabe que o carrinho por trás tem o perigo e ele assumiu o risco.”

E o comandante da Macaca também discordou da atitude do juiz. “Não vou ficar em cima do muro não. Ele foi mediador. Eu não quis me manifestar na hora do jogo porque não vi o lance com clareza. Fui ver depois e analisei. No fim do jogo, ele me passou que foi um acidente, mas para mim não foi. É acidente quando você não assume a condição de uma jogada proibida. Acho que o juiz foi um pouco complacente no lance.”

BUGRINO TAMBÉM FOI VÍTIMA DE DANIELZINHO

A lesão do volante Ferrugem, que rompeu os ligamentos do tornozelo esquerdo após uma entrada do atacante Danielzinho na partida entre Ponte Preta e São Caetano no último domingo (10/03), levantou novamente a discussão sobre a utilização do carrinho no futebol e a falta de critério da arbitragem — apesar do lance violento, o árbitro Luiz Vanderlei Martinucho só deu cartão amarelo ao jogador.

E não foi a primeira vez que o atacante do Azulão foi imprudente na hora de tentar tomar a bola de um adversário. Na partida entre Guarani e São Caetano, no dia 6 de fevereiro, Danielzinho também atingiu o atacante Siloé com um carrinho forte. Diferente de Ferrugem, o bugrino saiu ileso do lance, mas se assustou. A jogada aconteceu aos 6' do 2º tempo. Siloé partia com a bola para a faixa central do campo, quando Danielzinho atingiu o atacante com um carrinho lateral, acertando a canela direita do bugrino. Marcelo Rogério, árbitro daquela partida, imediatamente apitou a falta, mas também deu apenas cartão amarelo. Naquele jogo, assim como no do último final de semana, o Azulão teve dois atletas expulsos, mas nenhum deles foi Danielzinho.

No dia seguinte àquele jogo, Siloé ainda tinha as marcas da chuteira do adversário na perna. Em entrevista concedida naquela ocasião, o bugrino falou sobre o lance. "Estou todo machucado, doído e com as pernas rasgadas. O que o Danielzinho fez foi incrível. Ele voou nas minhas pernas e me deu uma tesoura."