EDITORIAL

Educação e a base para o crescimento

07/11/2013 às 05:00.
Atualizado em 26/04/2022 às 11:41

Os investimentos em educação formal são exigência fundamental para a construção de uma sociedade mais justa, equilibrada, competente e consciente de seus direitos. Mais do que reforçar o conhecimento de princípios de civilidade e moral, a formação acadêmica formal é responsável pela aquisição do direito à escolha, pela liberdade de pensamento e a qualidade de vida determinada pela consciência. A educação é setor considerado essencial e dever institucional do Estado, que garante a distribuição de oportunidades a todos, com vista a reduzir desigualdades sociais.O Brasil enfrenta sérios desafios na formação de seus cidadãos. O sistema oficial de ensino é extremamente precário, com falta de professores capacitados, baixa remuneração, escolas sem estrutura mínima de funcionamento, condenando gerações a uma desqualificação que lhes barrará o acesso a direitos elementares. Uma das consequências da má formação é justamente a falta de uma formação elementar que poderia contribuir para a profissionalização ou a qualificação para desenhar uma carreira.Um país que estabelece metas de crescimento em curto espaço de tempo não pode desdenhar do grave problema da falta de mão de obra qualificada. Este é um dos gargalos ao desenvolvimento brasileiro, atingindo vários setores. Levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) conclui que a falta de qualidade na educação básica é o principal problema para a competitividade das empresas brasileiras. Segundo a entidade, 65% das empresas dos segmentos extrativo e de transformação sofrem com a falta de trabalhadores qualificados, fator que se agrava com a má formação escolar que não permite um projeto de profissionalização adequado (Correio Popular, 29/10, A15).Não existe perspectiva animadora para o problema. Se o Brasil der o salto de desenvolvimento que se espera, certamente a falta de trabalhadores será o maior obstáculo a ser superado. Em alguns setores que exigem mais currículos técnicos, como a construção civil, é perceptível a dificuldade de compor um quadro de colaboradores, obrigando as empresas a alçarem os salários para reter profissionais de qualidade, o que abala a competitividade na composição de custos. É preciso reverter urgentemente este quadro através da oferta de cursos profissionalizantes e técnicos para formar pessoas em caráter emergencial, sob risco de estagnar o crescimento ou ter que apelar para a importação de força de trabalho para todos os setores.

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