O Red Bull fará na segunda-feira, contra a Ponte Preta, seu último jogo como clube de Campinas. Após a final do Interior, será anunciada a compra do Bragantino. O negócio levará o Red Bull para a Série B. Como o campeonato começa daqui a duas semanas, o novo time ainda deve jogar com o nome do Bragantino, com o logo da empresa na área nobre do uniforme. As demais mudanças devem ficar para 2020. Mas o Bragantino na Série B já será bem diferente e a mudança não ficará restrita ao uniforme. Nos bastidores, comenta-se que o orçamento para a competição ficará na casa dos R$ 30 milhões. O objetivo, estabelecido desde a fundação, em 2007, é chegar ao Brasileirão. É provável que o “Bragantino” gaste mais do que Ponte e Guarani juntos na Série B. Dinheiro não empurra a bola para a rede (o time com maior orçamento no ano passado foi o Coritiba, que ficou em 10º), mas a longo prazo é quase impossível que clubes com mais dinheiro não realizem, regularmente, campanhas bem melhores. Diante desse cenário, conversei com dois amigos, fanáticos torcedores de Ponte Preta e Guarani e com participação ativa na política de ambos. Fiz duas perguntas a eles: 1) Se o Red Bull quisesse comprar o seu time do coração, você seria contra ou favor? 2) Como você acha que torcida e sócios reagiriam a um negócio como esse? Do lado pontepretano, a resposta foi a seguinte: “Se eles não quiserem trocar a Macaca pelo mascote deles e nem as cores, eu seria a favor e acredito que a torcida também. A Ponte eles não poderiam tratar como o Bragantino, trocando o símbolo e as cores. Eu acho que é por isso que não acontece um negócio como esse. Acho que a torcida entenderia superbem, desde que fossem mantidos a Macaca, preto e branco e o hino. Seria Ponte Preta Red Bull e não Red Bull Ponte Preta”. Do lado bugrino, a posição foi essa: “Eu seria favor se fossem respeitados todos os pré-requisitos que o Guarani coloca. Não pode mudar o nome, seria um negócio diferente dos padrões do Red Bull. Eu sou a favor que encontre-se o melhor caminho para o Guarani. Se o Red Bull cumprisse esses pré-requisitos, por que não? Eu acho que a torcida e os sócios reagiriam de forma até pior do que reagem nos casos das parcerias de hoje. Infelizmente a grande torcida do Guarani não tem noção do tamanho do buraco em que o clube se encontra. Mesmo com leilão do estádio, patrocínio e VGV, o negócio não para de pé. Acho que reagiriam contra porque infelizmente não se tem informação suficiente para se concordar. A comunicação dos problemas é muito superficial. Fica limitada a alguns sócios e conselheiros.” Amanhã vou escrever sobre a final do Paulistão, mas durante a semana que vem darei minha opinião sobre essa questão.
