O secretário de Finanças da Prefeitura de Campinas decidiu ignorar os credores
As prefeituras da RMC reclamam que nunca enfrentaram uma crise como a que afetou os cofres públicos este ano. Elas têm apostado na articulação política e no diálogo para tentar manter todos os seus serviços, além da quitação dos débitos com os credores e o pagamento dos funcionários em dia. Mas a visão do secretário de Finanças da Prefeitura de Campinas, Tarcísio Cintra, não parece ser essa. Nos últimos dias ele tem adotado uma postura controversa, que pode ser um perigo para a Administração: simplesmente decidiu ignorar os credores que buscam o Executivo para obter respostas sobre a fila do pagamento. A atitude é vista como uma verdadeira molecagem. Falta de maturidade A atitude demonstra a falta de maturidade e experiência para o cargo. Cintra foi nomeado para “tapar o buraco” deixado por Hamilton Bernardes — candidato a prefeito em Pedreira —, mas se questiona agora se, de fato, foi uma boa escolha, já que suas atitudes colocam em risco a Administração e podem agravar ainda mais a situação econômica do Município num momento delicado e às vésperas do início da disputa eleitoral. Quem espera para receber seu pagamento quer, no mínimo, ser atendido por aquele que deve e, assim, obter uma resposta. Convenhamos que a atitude não exige muito esforço de Cintra. Talvez falte a ele a maturidade política para atuar num cargo público. FRASE "Quando tem que elogiar eu elogio. Mas não encontro o secretário. Ligo no telefone dele e ele não me atende." - Do vereador de Campinas Edison Ribeiro (PSL), sobre a dificuldade de encontrar o secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella. Negociação O Executivo de Campinas enfrentou problemas recentes de quebra de contratos por falta de pagamento. Outros secretários entraram na negociação para tentar manter os serviços, principalmente na área da Educação e da Saúde. Quem é? Cintra passou a ocupar o cargo recentemente. Ele é formado em administração de empresas e, por incrível que possa parecer, possui especialização em gestão pública. Os primeiros O Tribunal Regional Eleitoral registrou as primeiras candidaturas para prefeito de Campinas. O prefeito Jonas Donizette (PSB) o economista Marcio Pochmann (PT) saíram na frente dos concorrentes e já aparecem no sistema de divulgação de candidaturas e contas eleitorais. Com o registro, eles já estão aptos a começar a campanha na próxima terça-feira, quando estará liberada o início da propaganda eleitoral. Cadê ele? O vereador Edison Ribeiro (PSL) utilizou a tribuna na sessão da Câmara de Campinas de ontem para desabafar e criticar o secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella. Ele reclamou que não consegue falar com o titular da pasta para cobrar demanda em seu reduto eleitoral, na região do Satélite Íris. Próxima da eleição, é comum os parlamentares cobrarem melhorias em seus bairros. Cassada O Tribunal de Justiça cassou a liminar que determinava a demissão de 450 servidores comissionados da Prefeitura de Campinas. Segundo decisão de primeira instância, a Prefeitura deveria exonerar esses funcionários até julho. O colegiado avaliou que não há “vício aparente”, nem “erro evidente” nas contratações. Sabatina O recém-criado Partido Novo decidiu não apoiar nenhum candidato a prefeito de Campinas. O partido afirma ter cerca de 200 filiados na cidade e promete convidar todos os candidatos ao Palácio dos Jequitibás para uma conversa com seus integrantes. Apesar de não ter candidatos na eleição em Campinas, o Novo pretende marcar posição e vai publicar um manifesto com os valores, crenças e ideias para a cidade. O partido terá candidatos em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre.