CARLO CARCANI

E hoje tem mais

Carlo Carcani
carlo@rac.com.br
10/04/2013 às 07:00.
Atualizado em 25/04/2022 às 21:02

A rodada que definiu os dois primeiros semifinalistas da Liga dos Campeões foi eletrizante. Começou morna, com um gol de Cristiano Ronaldo em Istambul que "definiu" a classificação do Real Madrid. Àquela altura, com vantagem de 4 a 0 no placar agregado, os merengues já deveriam estar pensando no sorteio da semifinal. O jogo tinha tudo para se arrastar sem maiores emoções até o apito final, mas, empurrado por sua vibrante torcida, o Galatasaray marcou três gols no 2º tempo. Precisava de mais dois e não chegou nem perto disso. No final, sofreu outro gol do craque português. Ainda assim, saiu aplaudido de campo. Aplausos merecidos porque mesmo quando tudo parecia perdido, o time turco não parou de lutar. Fez três gols, todos muito bonitos, e pressionou o gigante favorito de Madri.

A campanha do Galatasaray foi excelente (outros gigantes não chegaram às quartas e o atual campeão nem da primeira fase passou) e seus fãs reconheceram isso. Após o jogo, o técnico do Real, José Mourinho, disse que seu time não jogou contra 11 homens, mas sim contra 50 mil homens. Os 50 mil jogaram juntos com o Galatasaray justamente porque sentiram que a equipe não se entregou nem mesmo quando perdia por 4 a 0. Um exemplo para atletas de qualquer modalidade.

Em Dortmund, a emoção foi muito maior. O Málaga, sensação da edição 2012/13 da Champions, empatou o jogo de ida em casa, por 0 a 0. A situação do Borussia se complicou quando o time de Julio Baptista abriu o placar. Os alemães chegaram ao empate com outro golaço e lutaram muito em busca da virada, já que qualquer empate com gols daria a vaga aos espanhóis.

O Borussia pressionou, criou chances, mas quem marcou foi o Málaga. Aos 37’ do 2 tempo, Eliseu fez 2 a 1. Com uma defesa poderosa (não perdeu nenhum jogo em casa durante toda a competição), o Málaga poderia até tomar um gol nos minutos finais, que ainda assim avançaria à semifinal.

Jogo definido? Não. Nos acréscimos, o Borussia fez dois gols, o decisivo com o brasileiro Felipe Santana, ex-zagueiro do Figueirense, que na hora do desespero foi jogar de centroavante. A ‘muralha amarela’ tremeu como nunca. Uma festa incrível para os alemães, uma dor inimaginável para os bravos espanhóis.

A Liga dos Campeões teve uma noite, mais uma noite, de bom futebol e muita emoção. E hoje tem mais.

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