Mulher passava por rodovia quando foi obrigada a parar e levar bandidos da cena do crime
O delegado Kléber Granja acredita que logo acusados serão pegos (Patrícia Lacerda)
Uma mulher de 27 anos foi sequestrada por dois homens acusados de homicídio na noite desta segunda-feira (29), em Bauru.
A jovem dirigia pela rodovia Cezário José de Castilho, que liga Bauru-Arealva, quando dois homens vieram caminhando em direção ao seu carro, obrigando-a a parar.
A princípio, a mulher pensou que tratava-se de um acidente, já que havia um veículo capotado e um terceiro homem caído na rodovia. Mas logo ela também tornou-se uma vítima do caso: os dois homens entraram em seu carro e ordenaram que ela dirigisse rumo a Bauru.
“Eles só falavam: ‘Vamos embora, vão matar a gente'”, conta.
Ela obedeceu às orientações da dupla, e acabou deixando os dois no bairro Fortunato Rocha Lima. Depois, confusa e assustada, procurou ajuda de policiais militares para entender o que estava acontecendo.
Então, ela foi informada que o homem caído na rodovia, identificado como Eduardo da Silva Ramos, 29, o "Duda", havia sido assassinado. Os autores do crime seriam os dois rapazes que invadiram o carro dela.
Eduardo havia levado um tiro no tórax e apresentava cortes no pescoço e na nuca. Ele foi socorrido, mas acabou morrendo no hospital.
Perto de onde ele foi encontrado, no km 359 da rodovia, havia um facão, dois revólveres calibre 38 e uma pistola 9 mm, além de diversas munições. A moto da dupla também foi deixada no local, atrás do carro da vítima.
“Se encontrados, os dois vão responder, além do homicídio, pelo sequestro da moça”, explica o delegado Kléber Granja.
De acordo com a cena do crime, os policiais puderam notar que Eduardo dirigia uma Parati rumo a seu sítio, perto de Arealva, quando foi seguido pela dupla, que estava de moto. Os dois efetuaram disparos contra o veículo, fazendo com que Eduardo jogasse o carro para cima da moto, capotando em seguida. Os motociclistas caíram e deram continuidade à briga, que culminou com a morte de Duda.
Eduardo tinha passagens pela polícia por tráfico de drogas e era investigado por envolvimento em um roubo de armas de fogo. A polícia acredita que a motivação do crime tenha sido um acerto de contas.