CARLO CARCANI

Duelo com um gigante

France Press
30/10/2013 às 21:38.
Atualizado em 24/04/2022 às 23:18

Não dá para definir agora se o jogo desta noite contra o Vélez será o mais importante da temporada para a Ponte Preta. O final de ano pode ter outros jogos que serão mais marcantes ou decisivos, seja no Campeonato Brasileiro ou na própria Copa Sul-Americana. De qualquer forma, ter o direito de disputar esse interessantíssimo duelo com o time argentino é um prêmio por tudo o que foi feito nos últimos anos na Associação Atlética Ponte Preta.É bem verdade que o clube errou mais em 2013 do que nos anos anteriores, mas, de qualquer forma, a classificação para a Sul-Americana é a consequência de um trabalho bem executado em 2011, quando o time finalmente conseguiu subir para a Série A, e em 2012, ano em que foi semifinalista do Paulistão e 14º colocado no Brasileirão.Para chegar a um jogo como o de hoje, a Ponte foi crescendo um pouco a cada ano. Eliminando um equívoco aqui, outro ali, ousando mais em algumas situações e agindo com a cautela necessária em outras, a Ponte evoluiu. Modernizou seu estádio, investiu no departamento médico e, entre outras ações, conseguiu ser mais competitiva em campo.A recompensa por um trabalho bem desenvolvido a longo prazo sempre aparece. Na minha avaliação, o clube se perdeu no primeiro semestre de 2013 ao criar uma expectativa muito alta no Campeonato Paulista. Decisões precipitadas após a eliminação nas quartas de final tiveram consequências graves, mas o time ainda tem chances de salvar o ano no Brasileiro e de viver novas noites como a de hoje no primeiro torneio internacional de sua história.O importante é aprender com erros e continuar trabalhando para crescer continuamente, temporada após temporada. Só assim a Ponte poderá oferecer novas partidas históricas para sua torcida.O Vélez Sarsfield é um caso raro de clube que cresceu muito em um curto espaço de tempo. O ano de 1994 foi mágico para o clube argentino e mudou sua história.Sob comando do técnico Carlos Bianchi (o maior artilheiro da história do clube, com 206 gols) e com Chilavert no gol, o Vélez quebrou um jejum de 25 anos sem conquistar o Campeonato Argentino.Não foi uma campanha atípica. Com a mesma base, foi à Libertadores e era a zebra num grupo que tinha Boca Juniors, Cruzeiro e Palmeiras (da Parmalat...). Se classificou em 1º, avançou à final e ganhou o título em cima do São Paulo (de Telê...). No Mundial, encarou o Milan, venceu e se tornou um gigante. Um gigante que hoje será uma grande atração em Campinas.

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