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Drama iraniano 'A Separação' é seco, direto e incisivo

Filme ganhou merecidamente o Oscar de filme estrangeiro e o Urso de Ouro em Berlim

João Nunes
correiopontocom@rac.com.br
11/08/2013 às 05:00.
Atualizado em 25/04/2022 às 05:48

Cena do filme 'A Separação', de Asghar Farhadi (Divulgação)

A trama de A Separação (Max, 21h, 14 anos), de Asghar Farhadi (2011), é espetacular. Em pleno Irã, país fechado para o mundo ocidental, Simin (Leila Hatami) e o marido Nader (Peyman Moadi) estão se separando diante de um juiz. E logo nas primeiras cenas, filmadas sem nenhum glamour, trilha sonora ou algo do estilo, eles destilam todos os ressentimentos. Ela quer sair do país e levar a filha Termeh (Sarina Farhadi), ele não deixa. O impasse está criado porque, se ninguém cede, não há solução. Mas o filme vai mais longe nas impossibilidades. Nader alega que o pai com Alzheimer o impede de ir embora. E como não tem como deixá-lo sozinho, contrata uma mulher, que agride o velho e se diz agredida por Nader, o que o leva a um tribunal. Além desta história complexa e quase sem solução, há um elenco maravilhoso. E ainda podemos observar um pouco da realidade iraniana (social e política). Mas, antes de tudo, vemos um belíssimo filme: seco, direto, incisivo e forte. Ganhou merecidamente o Oscar de filme estrangeiro e o Urso de Ouro em Berlim. Não perca.

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