Os taxistas continuam a pressão para que o governo de Campinas regulamente ou proíba o Uber de circular na cidade, sob a alegação que o transporte é clandestino
Os taxistas continuam a pressão para que o governo de Campinas regulamente ou proíba o Uber de circular na cidade, sob a alegação que o transporte é clandestino. Pois bem. Se essa regra for para todos, muita coisa tem que mudar. A começar pelos camelôs, que também vendem seus produtos na clandestinidade. O Executivo discute há anos uma solução para o problema e, até agora, nada foi feito. Os comerciantes informais continuam isentos das taxas de uso e ocupação do solo e de qualquer regra. Duas medidas... Em relação aos camelôs, o Ministério Público em Campinas chegou a pressionar inúmeras vezes o poder público a tomar uma atitude em relação à regulamentação. No início da gestão do prefeito Jonas Donizette (PSB), ele alegou que faria um estudo para legalizar os comerciantes, viabilizaria um local para que eles pudessem ficar e passaria a cobrar as taxas públicas. Entramos no último ano de governo e, até agora, nada saiu do papel. Críticas A atuação dos agentes de trânsito também é questionada por muitos campineiros. É comum ouvir histórias de multas injustas ou de comportamento autoritário dos funcionários que atuam na Emdec. Mesmo que você esteja certo e que saiba que a multa que sofreu é irregular, recorrer, para muitos, é perda de tempo e de esforço para superar todas as burocracias impostas. Cofres Que multa rende muito dinheiro, todo mundo sabe. Basta olhar a quantidade de páginas no Diário Oficial de Campinas dedicadas a elas para verificar que são milhares mensalmente. Existem leis, sim, e elas devem ser respeitadas. Mas não só pelos motoristas. Não custa nada os fiscais fazerem o mesmo. Subprefeituras Os moradores do Campo Grande e do Ouro Verde receberão suas subprefeituras após as regiões se transformarem em distritos. Inicialmente, o governo não quer nomear um subprefeito. Vai trabalhar com um “provisório”. Brigas Como os eleitores das duas regiões são disputados a tapa pelos parlamentares, o prefeito não quer criar confusão em pleno ano eleitoral. Na Câmara, Jonas tem maioria e quer continuar assim até o final de seu mandato. Disputa Aliás, pela a ofensiva dos vereadores nas duas regiões, os promotores eleitores poderiam instalar uma sede por lá. Quem sabe assim os pré-candidatos começam a respeitar a lei. O processo para apurar a distribuição de hortifrútis da Ceasa no Campo Grande continua em apuração. Sem muito caixa para campanha, muitos pegam carona nos programas públicos para conseguir votos. Complicado Alguns candidatos tentam descobrir uma forma de fazer a campanha “dentro da lei”. A opção que resta é a de gastar sola do sapato para convencer os eleitores. Só que o clima de intolerância anda tão grande que muitos acreditam que sequer conseguirão ser recebidos, muito menos ouvidos.