GUTO SILVEIRA

Do IPM pra limpeza

01/10/2013 às 09:53.
Atualizado em 25/04/2022 às 02:12

A restituição, questionada, de repasse do Instituto de Previdência dos Municipiários (IPM) na apenas serviu para ampliar o crescimento da arrecadação municipal em agosto, quando a receita foi ampliada em 58,05%, com relação a igual período do ano passado. Serviu também para pagar parcelas atrasadas dos contratos de limpeza urbana. Na rubrica urbanismo, a Prefeitura pagou R$ 26,325 milhões, contra R$ 6,510 milhões de agosto de 2012. Na apresentação das metas fiscais, nesta segunda-feira (30), o secretário da Fazenda, Francisco Nalini, admitiu que o valor foi elevado em função de pagamento de atrasados do serviço. Também admitiu que os pagamentos a fornecedores estão com atraso médio de um mês. Além de ampliar a receita e servir para pagamentos de atrasados, o dinheiro do IPM, que pode precisar ser devolvido como já determinou a Justiça em duas liminares, também ampliou a arrecadação com receitas intraorçamentárias, já superada em 13%. De uma previsão atualizada de R$ 135,414 milhões, a receita chegou a R$ 153,895 milhões, sendo R$ 94,361 milhões apenas no segundo quadrimestre. Foi a única fonte a ultrapassar os 100% de arrecadação nos primeiros oito meses. Com isso conseguiu elevar a média do já realizado para 70%, quando há rubricas, como a de receita de capital que está ainda em 20% da arrecadação prevista. Isso significa, também, que sem os recursos do repasse, que não estava previsto em orçamento, os números dos primeiros oito meses do ano seriam muito piores. E os fornecedores estariam, neste momento, amargando prazo de atraso maior em seus recebimentos.ACÚMULOA Câmara Municipal viveu um dia cheio nesta segunda-feira (30). Foram cinco compromissos que envolveram vereadores e representantes do governo municipal. Além de reunião da Comissão Especial de Estudos (CEE) que analisa a situação do Daerp, e da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Coletivo, o Legislativo recebeu a prestação de contas de investimentos na saúde, apresentação das metas fiscais da Administração Municipal e ainda recebeu o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA).CORRERIAO que se viu foi muitos assessores correndo de uma sala para outra, já que muitas das realizações dependeram deles para acontecer. E houve também vereador com dois compromissos ao mesmo tempo. É claro que as metas fiscais e os investimentos em saúde, com números até agosto, poderiam ser apresentados antes, assim como a entrega da LOA. Mas como é costume do Executivo, os prazos são aproveitados até o último instante.CONTRADIÇÕESEm dois depoimentos à CEE do Daerp ficaram evidentes duas contradições. Enquanto o assessor administrativo do Daerp Emílio Gerhardt apontou que os vazamentos de ocorrem mais em bairros antigos, A chefe do Departamento de Manutenção e Reparos, Ângela Gonçalves, disse o contrário, ao apontar que eles estão em maior número em bairros novos. Sinal de serviços mal feitos. Emílio ainda apontou que é difícil ocorrer qualquer sabotagem no sistema, enquanto Ângela apontou que qualquer funcionário irado com algum chefe pode cortar o fornecimento de água.MENOS DESPERDÍCIOUma declaração de Ângela Gonçalves deixou os vereadores da CEE mais tranquilos. Ela disse ter assumido o Departamento em 5 de agosto e encontrado cerca de 1,9 mil vazamentos de água e que hoje estes pontos chegam a 986. Com base nos números, previu que em dois meses será possível zerar o desperdício. Uma boa notícia para a cidade e para os consumidores de água, que poderão enfrentar menos desabastecimento.

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