Americano se comprometeu a responder ao governo brasileiro sobre o assunto até quarta-feira
Dilma acrescentou que irá à ONU propor uma nova governança contra invasão de privacidade (France Press)
A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (6), em entrevista, que a visita agendada aos Estados Unidos para outubro vai depender das condições políticas entre os dois países. Isso após o governo americano ter sido acusado de espionar Dilma, segundo informações dadas por meio do Twitter Blog do Planalto. "Minha viagem a Washington depende das condições políticas a serem criadas pelo presidente Obama", afirmou a presidente, que participa do encontro de líderes do G-20 em São Petersburgo, na Rússia, reproduziu o blog, segundo o qual Dilma afirmou também que Obama se comprometeu a responder ao governo brasileiro sobre o assunto até quarta-feira (11). "Obama assumiu responsabilidade direta e pessoal pela investigação das denúncias de espionagem", disse. A presidente acrescentou que irá à ONU "propor uma nova governança contra invasão de privacidade" A presidente informou ainda que o Brasil "não reconhece uma ação militar na Síria sem a aprovação da ONU".LulaO ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como “muito graves” as denúncias de espionagem do governo americano sobre as comunicações eletrônicas e telefônicas da presidente Dilma e cobrou um pedido de desculpas do presidente americano. “A resposta americana não pode ser via diplomacia, porque a espionagem não foi via diplomacia. Cabe ao Obama, humildemente, pedir desculpas à presidenta Dilma e ao Brasil”, afirmou Lula nesta quinta-feira, 5, após almoço com deputados estaduais do PT-SP em uma cantina no Ipiranga, zona Sul de São Paulo - e antes do encontro de Dilma com Obama. Lula disse que não poderia opinar sobre o eventual cancelamento da viagem de Dilma aos EUA, que só caberia a ela. Mas brincou: “Espero que a Dilma dê um ‘guenta’ democrático no Obama”. O ex-presidente opinou que “a soberania dos Estados está sendo colocada em risco com o comportamento americano”. E acrescentou que “os Estados Unidos não foram nomeados para serem xerifes do mundo”. “Foi grave, muito grave. Os americanos passaram os limites do respeito à soberania dos países”. Lula disse ter lido na imprensa que Obama iria explicar ao presidente da Suécia que a espionagem serviria para proteger outras nações, e rejeitou o argumento apresentado pelo americano. “Ninguém está pedindo proteção.” O ex-presidente admitiu que o Brasil está “vulnerável” nas telecomunicações, e disse que universidades e cientistas deveriam ser estimulados a apresentar ao governo um programa que permita a segurança efetiva no setor. Veja também Obama promete esclarecer espionagem Obama e Dilma se reuniram às margens da reunião de cúpula do G20, em São Petersburgo Snowden revela que EUA e GB podem decifrar códigos Agências de Inteligência têm capacidade para compreender sistemas criptográficos na internet Dilma e Obama fazem encontro paralelo ao G20 As relações entre Brasil e Estados Unidos foram afetadas pelas recentes revelações pela imprensa sobre espionagem Embaixador dos EUA deixa Brasil em meio à crise Governo brasileiro qualifica de inadmissível e inaceitável a espionagem à Dilma e exige explicações Dilma cancela envio de equipe para sua visita a Washington Comitiva cuidaria de hospedagem, transportes, agenda e acordos a serem assinados com Obama Planalto quer fechar empresa que facilitar espionagem Presidente Dilma encomendou o fortalecimento da rede interna de comunicação do governo Ministro diz que espionagem de Dilma viola soberania Nesta segunda, o chanceler convocou o embaixador dos EUA para tratar do tema Chanceler cobra embaixador dos EUA; Dilma convoca reunião Reuniões acontecem após denúncia de esquema para espionar a presidente e seus assessores Denúncia de espionagem é pauta de discussão em Brasília Reportagem exibida pelo Fantástico, da TV Globo, revelou que a NSA mantém um esquema para espionar a presidente e seus assessores