WASHINGTON POST

Dilma reclama, em entrevista, de preconceito por ser mulher

"Acredito haver um pouco de viés de gênero. Sou descrita como uma mulher dura e forte que põe o nariz onde não é chamada", afirmou presidente

Agência Estado
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26/06/2015 às 12:54.
Atualizado em 28/04/2022 às 15:54

Dilma disse que a economia voltará a crescer em 2016 (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

Em entrevista ao jornal norte-americano Washington Post, a presidente Dilma Rousseff se disse vítima de argumentos sexistas. "Você já ouviu alguém dizer que um presidente homem se intromete em tudo? Eu nunca ouvi. Acredito haver um pouco de viés de gênero. Sou descrita como uma mulher dura e forte que põe o nariz onde não é chamada e sou cercada por homens fofos", ironizou a presidente.Ao ser questionada sobre sua queda de popularidade, hoje em 11% segundo pesquisa Datafolha, Dilma disse se preocupar, mas sem "perder o rumo". E também atribuiu a avaliação a um preconceito por ser mulher. "Me preocupar não significa puxar meus cabelos ou perder o rumo. Você tem de conviver com as críticas e com o preconceito", afirmou. Ajustes necessáriosA presidente disse ainda que não há "modelo pronto" de governo e que, quando erros são cometidos, fazem-se os ajustes necessários. Dilma disse que o governo identificou uma piora na situação econômica do País no fim de 2014, com queda da arrecadação, mas afirmou que a expectativa é de melhora no ano que vem. "Nossa expectativa é a de que o próximo ano seja uma situação bem melhor. De 2016 em diante, nós vamos começar a crescer em um novo padrão de crescimento."LegadoDilma afirmou que a marca que quer deixar é de uma enorme redução na desigualdade. Falou também que quer criar condições para que as mudanças sociais no País sejam permanentes. Ela destacou que os 12 anos de gestão petista conseguiram alçar 50 milhões de pessoas à classe média. "Nosso principal objetivo é que o Brasil se torne um país de classe média."A presidente minimizou o efeito que a recente alta no desemprego pode ter sobre a desigualdade social e disse considerar pouco provável haver grandes manifestações de rua por causa do agravamento no mercado de trabalho. Admitiu haver uma preocupação com a situação do emprego, mas argumentou que essa preocupação sempre existiu e, que antes de haver os recentes cortes, o Brasil gerou 5,5 milhões de postos de trabalho.

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